Na tarde da última segunda-feira (10), teve início a XVI Semana Pedagógica das escolas de ensino médio e profissional do campo das áreas de reforma agrária do Ceará. A formação, que acontece até esta sexta-feira (14), está sendo realizada na Escola Filha da Luta Patativa do Assaré, localizada no assentamento Santana da Cal, em Canindé (CE), e tem como objetivos analisar a conjuntura política nacional e internacional, atualizar e fortalecer a concepção de educação do campo e a pedagogia do movimento, estudar os fundamentos do projeto político-pedagógico das escolas, trocar experiências entre as escolas e fazer um balanço das ações de 2024, apontando os desafios para 2025.
A XVI Semana Pedagógica conta com a participação de mais de 300 pessoas, incluindo educadores, educandos, gestores, técnicos da Secretaria de Educação, representantes das Coordenadorias Regionais de Desenvolvimento da Educação (Credes), militantes e dirigentes do Movimento dos Trabalhadores/as Rurais Sem Terra (MST). O evento, realizado anualmente, sempre nos meses de janeiro ou fevereiro, é uma iniciativa do MST e conta com o apoio da Secretaria de Educação (Seduc), por meio da Coordenadoria de Educação Escolar Indígena, Quilombola e do Campo (Cociq).
A programação inclui debates sobre a conjuntura política e agrária nacional e internacional, o tema do MST e a escola, o debate sobre o ensino médio do campo integrado e politécnico, planejamento das ações de 2025 e oficinas formativas em diversas áreas do conhecimento, além de noites com exposições das escolas, jornada socialista e atividades culturais.
"A semana pedagógica é um espaço que vamos aproveitar para refletir sobre os desafios e conquistas do último ano, planejar as ações futuras e reafirmar o nosso compromisso com a educação do campo como ferramenta de transformação social, para que possamos seguir firmes na defesa do nosso projeto de educação do campo", segundo a dirigente do setor de educação do Ceará, Dinara Nascimento.
Adonias Gomes, educador da escola Filha da Luta Patativa do Assaré, destaca a importância de participar do evento. “A semana pedagógica tem um papel fundamental na formação e preparação de nós, educadores, e de todo corpo técnico das escolas do campo para o ano letivo”.
Para Nohemy Rezende, coordenadora da Cociq, “a semana pedagógica é uma representação social, política e ideológica da resistência do campo, em favor de uma educação que, de fato, consiga dialogar com os interesses e as necessidades da educação do campo, dos povos do campo, das populações do campo que insistem e teimam em resistir”.
Renata Pinto, da Coordenação da Crede 7, também destaca a importância da iniciativa. "A Semana Pedagógica se torna imprescindível e importante, porque é um marco inicial para as atividades letivas. É um momento em que fazemos nossas reflexões, trocamos experiências e fortalecemos as práticas pedagógicas".
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Fonte: BdF Ceará
Edição: Francisco Barbosa
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