Na manhã desta segunda-feira (17), os deputados estaduais de Pernambuco escolhem os presidentes das comissões temáticas da Assembleia Legislativa (Alepe). Eles terão a função de comandar as sessões dos grupos temáticos, definindo quais projetos de lei são prioridades debater em cada semana, convocando audiências. Um grupo de 95 entidades divulgou uma carta de apoio à deputada Rosa Amorim (PT) para a presidência da Comissão de Meio Ambiente da Alepe.
No texto, as entidades justificam sua posição afirmando a necessidade de uma liderança que tenha uma conduta “firme e contínua em defesa do meio ambiente” e pedem uma que a Comissão de Meio Ambiente tenha foco “em enfrentar o avanço do desmatamento, os desastres climáticos, a exploração indiscriminada de recursos naturais e as privatizações de áreas protegidas”. “O trabalho realizado pela deputada Rosa Amorim tem sido uma demonstração clara de seu compromisso com a preservação ambiental e com a sustentabilidade”, diz a nota, avaliando que a petista atua “em parceria com a sociedade civil”, diz a nota.
As organizações mencionam a atuação de Amorim no caso do muro erguido na praia de Maracaípe, a audiência pública sobre prevenção aos efeitos das mudanças climáticas em Pernambuco, a presença nos debates e a criação de um grupo de trabalho com a sociedade civil sobre transição energética no estado, os projetos de lei de combate ao desmatamento e do estabelecimento de regras para a instalação de parques eólicos, a criação do Dia do Cultivo da Árvore e outros.
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A nota encerra afirmando que a Comissão de Meio Ambiente “exerce um papel essencial na promoção e proteção do meio ambiente, além de garantir o bem estar dos animais e a preservação dos recursos naturais no estado, como também o reconhecimento da agricultura como parte fundamental de um projeto que visa o desenvolvimento sustentável”.
Assinam a nota instituições de referência no debate ambiental em Pernambuco e no Nordeste, como o Centro Agroecológico Sabiá, a Comissão Pastoral da Terra Nordeste (CPT/NE), o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), o Conselho Pastoral dos Pescadores do Nordeste (CPP), o Fórum Suape Socioambiental, o Fórum Socioambiental de Aldeia, a Associação Hortas do Bem Comum de Aldeia, Associação de Empreendedores Sociais (Semear), o Movimento da Mulher Trabalhadora Rural do Nordeste (MMTR).
A lista segue com a ong FASE, o Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), a Xô Plástico Recife, o Movimento Camponês Popular (MCP), o Coletivo Força Tururu, o Movimento Igarassuense em Defesa da Vida Animal, o Instituto de Pesquisa e Soluções para Cidades (Inciti), a Associação Kapi’wara, a Fábrica de Vassouras Ecológicas Mulheres que Geram e o próprio Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), organização de onde vem Amorim.
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Também declararam apoio a Rosa Amorim grupos e entidades representativas de comunidades que vivem em contexto ambientalmente vulnerável, a exemplo da Comunidade Quilombola Ilha de Mercês, a Associação Indígena em Contexto Urbano Karaxuwanassu, a Associação das Comunidades de Remanescentes de Quilombo Saruê (ARQSA), o Instituto Dandaras de Mulheres Quilombolas de Caruaru e o Sindicato da agricultura familiar de Petrolina (Sintraf).
Organizações de juristas – como a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), o Centro Popular de Direitos Humanos (CPDH), a Rede Nacional de Advogadas e Advogados Populares (Renap) e a Frente da Advocacia Progressista – também assinam o documento, além de outros movimentos e entidades, como a União dos Estudantes de Pernambuco (UEP), o Levante Popular da Juventude, o Mãos Solidárias e o Movimento Brasil Popular (MBP).