O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, prorrogou nesta segunda-feira (17) por mais 60 dias o inquérito contra o ex-ministro de Direitos Humanos Silvio Almeida por importunação sexual.
O magistrado atendeu a um pedido da Polícia Federal, que pediu mais tempo para colher o depoimento do ex-integrante do governo Lula (PT). A corporação deve finalizar a oitiva e, em seguida, decidir pelo indiciamento ou não de Silvio Almeida, quando a PF decide se há indício de crime.
As denúncias de importunação sexual foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles no dia 5 de setembro e confirmadas pela organização Me Too, que atua na proteção de mulheres vítimas de violência.
Entre as vítimas, está a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. “É importante deixar claro que o que houve foi um crime de importunação sexual. Fui vítima de importunação sexual”, disse a chefe da pasta pela primeira vez sobre o assunto em entrevista à Revista Veja, no fim do ano passado. “Não podemos normalizar uma situação como essa, independentemente de quem a pratique”, seguiu.
“Traumas não são entretenimento”, disse a ministra, que reiterou ainda que “as atitudes inconvenientes” começaram ainda durante a transição de governo, em dezembro de 2022, e “foram aumentando ao longo dos meses”.
O ex-ministro Silvio Almeida nega todas as acusações.