O despejo das 327 famílias que ocupam o terreno da antiga Britanite, no bairro Tatuquara, em Curitiba, acontece na manhã desta quinta-feira (20). As famílias vivem no local desde 2020 e devem receber um auxílio-moradia de R$ 800 para alugar um imóvel temporário, conforme acordo firmado entre a Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) e a empresa proprietária do terreno, Tatuquara Administração de Bens S.A.
A operação foi conduzida pela Polícia Militar (PM), com apoio da Cohab e da Fundação de Ação Social (FAS). A Prefeitura informou que, a partir das 5h, a estrada Delegado Bruno de Almeida, principal via da região, foi bloqueada e linhas de ônibus desviadas.
Indignação e incerteza
Moradores relatam apreensão com a retirada forçada. “A gente vê nossos sonhos sendo destruídos. Nossos filhos estudavam na região, agora não sabemos para onde vamos. É angustiante, não temos nem noção do que fazer”, afirma Élder Alves, liderança da ocupação, que morava há cinco anos no local com a família.
Segundo o acordo de desocupação, as primeiras cem famílias que deixassem a área voluntariamente teriam direito a um auxílio-mudança de R$ 600, além do aluguel social. No entanto, até recentemente, 53 famílias ainda não haviam aderido ao plano e foram retiradas sem receber o benefício.
Este é o primeiro grande despejo da gestão do prefeito Eduardo Pimentel (PSD). A Cohab prometeu construir 240 moradias populares no Tatuquara para os despejados, que deverão pagar parcelas pelos imóveis.
Processo de desocupação
A reintegração de posse foi autorizada pela Justiça e planejada por uma comissão que inclui representantes da empresa, da Cohab, da FAS, da PM e do Tribunal de Justiça do Paraná. A Tatuquara Administração de Bens S.A. afirma ter seguido todas as determinações legais e decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal de Justiça do Paraná, respeitando também as suspensões de despejos durante a pandemia de Covid-19.
Em setembro de 2024, um levantamento da Cohab identificou 327 famílias na ocupação. Até dezembro, apenas 34 haviam solicitado o auxílio-moradia. Após a decisão judicial que autorizou a reintegração, o número subiu para 274. Destas, 123 já recebem o benefício, 98 estavam com documentação pendente e 53 não se enquadraram nos critérios exigidos. Outras 53 famílias não responderam ao chamamento da prefeitura.
Processo de desocupação
A reintegração de posse foi autorizada pela Justiça e planejada por uma comissão que inclui representantes da empresa, da Cohab, da FAS, da PM e do Tribunal de Justiça do Paraná. A Tatuquara Administração de Bens S.A. afirma ter seguido todas as determinações legais e decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal de Justiça do Paraná, respeitando também as suspensões de despejos durante a pandemia de Covid-19.
Em setembro de 2024, um levantamento da Cohab identificou 327 famílias na ocupação. Até dezembro, apenas 34 haviam solicitado o auxílio-moradia. Após a decisão judicial que autorizou a reintegração, o número subiu para 274. Destas, 123 já recebem o benefício, 98 estavam com documentação pendente e 53 não se enquadraram nos critérios exigidos. Outras 53 famílias não responderam ao chamamento da prefeitura.