A 5ª Conferência Distrital do Meio Ambiente acontecerá em Brasília (DF), neste fim de semana. Todas as pessoas com mais de 16 anos, residentes no DF há pelo menos dois anos, podem se inscrever no evento e propor sugestões para o enfrentamento dos desafios climáticos.
O encontro, que acontece nos dias 22 e 23 de fevereiro, das 8h às 18h, na Unidade-Escola de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Eape), terá transporte gratuito saindo de sete regiões administrativas (RA) e espaço kids, possibilitando a participação de toda a família.
Potira Terena será uma das representantes dos povos originários do DF que participarão da Conferência. “Eu me inscrevi no eixo temático de Justiça Climática, porque todos os efeitos que atingem o clima chegam primeiro em nós [indígenas] que protegemos. Nós sentimos todos esses efeitos que têm tido nos últimos 10 anos, como o aumento da temperatura e a perda da diversidade”, afirmou Terena.
A conferência distrital elegerá os delegados que representarão o DF na Conferência Nacional do Meio Ambiente, que será realizada em Brasília, nos dias 6 e 9 de maio. O tema deste ano é: Emergência climática – O desafio da transformação ecológica.
As discussões, tanto da etapa distrital quanto da nacional, serão guiadas a partir de cinco eixos temáticos: mitigação, adaptação e preparação para desastres, justiça climática, transformação ecológica, e governança e educação ambiental.
“Nós precisamos participar porque precisamos debater e proteger o Cerrado. Protegendo o Cerrado, que é o berço das águas, a gente consegue amenizar os efeitos climáticos”, destacou Terena.
Todas as pessoas participantes do encontro deste fim de semana poderão fazer propostas em relação às questões ambientais no DF. As melhores iniciativas serão escolhidas pelos delegados, selecionados na etapa regional realizada em janeiro deste ano, e encaminhadas para a Conferência Nacional. Cada estado e o DF poderá elaborar até 20 propostas, sendo quatro para cada um dos eixos temáticos.
“Os estados regulam e fiscalizam atividades que contribuem para as emissões de carbono e também promovem políticas públicas importantes na área do meio ambiente, fortalecendo a resiliência climática. Além disso, colaboram com municípios e o governo federal para coordenar esforços em larga escala, o que é vital para tornar a resposta às mudanças climáticas mais integrada e eficaz”, explica Marina Silva, ministra de Meio Ambiente e Mudança do Clima.
Segundo ela, uma das principais tarefas dos estados será avaliar e aprimorar as mais de dez mil propostas já apresentadas pelos municípios e entidades ambientalistas na primeira fase da Conferência. Entre elas, estão propostas diretamente relacionadas a atribuições que também são executadas diretamente pelos estados, como regulamentação do uso da terra, controle de emissões e promoção de energias renováveis, áreas essenciais para a redução da pegada de carbono.
“A participação dos estados também é vital para a transformação ecológica do país devido à vasta diversidade ambiental e socioeconômica do país. Cada estado enfrenta desafios climáticos únicos, como o desmatamento e os incêndios na Amazônia, desertificação no Nordeste ou enchentes no Sul, por exemplo. Assim, os estados têm a capacidade de implementar políticas regionais específicas que complementam as diretrizes nacionais, facilitando a adaptação e mitigação dos impactos climáticos”, completa a ministra.
*Com informações da CUT.
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