Israel recebeu, na madrugada deste sábado (22), cinco dos seis últimos prisioneiros a serem liberados pelo Hamas na primeira fase do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que começou em 29 de janeiro. Os dois primeiros, Tal Shoham e Avera Mengisto, foram entregues à Cruz Vermelha, na fronteira entre Rafah e Egito. Os outros três, Omer Shem, Eliya Cohen e Omer Wenkert, foram levados até à organização internacional em Nuseirat, na região central de Gaza.
Israel confirmou a entrega dos cinco prisioneiros por meio da Cruz Vermelha. Nas próximas horas, Hisham Al-Sayed também deve ser libertado, de acordo com a agência internacional de notícias Reuters. Em troca, espera-se que Israel liberte 602 prisioneiros palestinos.
Mesmo com o avanço na liberação de prisioneiros, o chefe do Estado-maior de Israel, tenente-general Herzi Halevi afirmou que as forças do país estão preparando “planos ofensivos”, sem dar detalhes sobre as possíveis ações militares.
A primeira fase do acordo se encerra em março. Ainda há incertezas se será possível alcançar a segunda fase, que colocaria fim ao genocídio israelense em Gaza. Em mais de um ano de ataques, mais de 47 mil pessoas morreram, a maior parte delas, mulheres e crianças.
A família de Shiri Bibas confirmou neste sábado (22) a entrega ao governo de Israel do corpo da refém de origem argentina, cujo cadáver não havia sido devolvido na quinta-feira com os de seus filhos, Ariel e Kfir, também sequestrados pelo Hamas.
O grupo armado islamista que governa Gaza admitiu na sexta-feira um possível “erro” e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) anunciou durante a noite o traslado de novos restos humanos de Gaza para Israel, mas sem informar a quem pertenciam.
O Hamas admitiu que provavelmente misturou “por erro” o corpo “com outros encontrados sob os escombros” em Gaza, mas insistiu em seu “compromisso total” com a trégua e que não tem interesse em reter cadáveres de reféns.