Além dos projetos para 2025, o professor Amarildo Cenci, presidente da seção gaúcha da Central Única dos Trabalhadores (CUT), conta sobre o diálogo com os trabalhadores de aplicativos, as transformações do mundo do trabalho movidas pelas novas tecnologias, o desmantelamento dos direitos dos trabalhadores nos mandatos Temer e Bolsonaro, o avanço da precarização, os flagrantes de trabalho escravo na Serra gaúcha, a recuperação, embora lenta, do emprego com carteira assinada no terceiro governo Lula. Acompanhe seu diálogo com Brasil de Fato RS.
Brasil de Fato RS: Com todas as perdas e dificuldades dos últimos anos – o que se agravou após o golpe de 2016 – como é que a CUT está se preparando, diante desse quadro, para enfrentar 2025?
Amarildo Cenci – Passamos por um revés muito importante após o golpe. O movimento sindical já vinha num declínio, em um processo de crise. E o golpe identificou onde eles teriam que atacar para, de um lado, fragilizar ainda mais as entidades de luta coletiva. E também atacar direitos. Temer, no primeiro momento, propôs a reforma trabalhista. Veio desmontando uma máquina pública que precisa existir para garantia da democracia, dos direitos das pessoas.
Para 2025, vimos a necessidade de transversalizar mais as nossas relações e fortalecer territórios e movimentações de caráter popular. Internamente, na relação com as nossas entidades – são mais de 230 hoje no Rio Grande do Sul; quase 70 sindicatos se filiaram à CUT (recentemente) no estado – precisamos que os trabalhadores e trabalhadoras tenham acesso às informações e conheçam a realidade e façam isso de forma coletiva.
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A reforma trabalhista veio com todo um arcabouço teórico para justificá-la e para colocar os trabalhadores contra as suas entidades de classe, ou seja, o próprio trabalhador aprovando também aquilo que ia contra ele.
“Na área dos aplicativos, os trabalhadores se insurgem contra qualquer tipo de formalização, inclusive com aquela a seu favor”
E criando essa questão de que o trabalhador pode resolver suas questões sozinho, que pode ser empregador de si mesmo, que é um empreendedor individual. É dentro dessa lógica que o neoliberalismo estrutura as mentes. E isso tem adesão embora, na prática, não se realize. Como o mundo do trabalho está numa certa transição para novos modos de trabalho, esse público ganha uma compreensão mais individualizada das coisas, uma solução mais pessoal da vida. Por exemplo, na área dos aplicativos, se insurge contra qualquer tipo de formalização, inclusive com aquela que vai a favor dele. Como ter um sistema de previdência que o proteja e proteja direitos e garanta que, se ele cair da moto ou bater o carro, tenha previdência.
Bolsonaro, já na campanha de 2018, dizia que o trabalhador teria que escolher entre ter direito e ter emprego.
Na verdade, o trabalhador não teve os direitos e o emprego não apareceu. E veio a reforma para patrimonializar e acumular ainda mais para o capital. O que o CUT está fazendo? Criamos um coletivo com consciência de disputa, de ter nítido o que está em disputa. Como fazer isso? Estamos elegendo alguns eixos.
O capital se faz em cima da exploração da força de trabalho das pessoas. Quanto a pessoa está dedicando da sua vida para trabalhar? E quanto ganha por isso? Hoje são 44 horas e precisamos reduzir. Ah, mas o cumprimento da jornada é de 40 horas… Mas o cumprimento, às vezes, é de 12 horas diárias. Onde está a vida além do mundo do trabalho? Redução da jornada é um tema ao qual estamos dando centralidade. O 1º de Maio, inclusive, vai ser convocado em cima dessa agenda do trabalho.
Segundo, quem paga e quem não paga impostos? E como se tributa o trabalho? Ah, os R$ 5 mil ou não? O que a grande mídia fala sobre isso? Ah, vão ampliar a base de contribuição para pegar os trabalhadores no imposto de renda? Para daí, com a base mais ampliada de arrecadação, desonerar a folha do empresário? De você financiar o capital, porque está fácil o capitalista ter o BNDES, ter o governo, ter política pública? Para ele, tem o Bolsa-Empresário. E eles criticam o Bolsa Família, o Minha Casa, Minha Vida e tal.
“Querem Estado mínimo, mas estão sempre lá pendurados nas tetas”
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O Bolsa-Empresário é bem anterior ao Bolsa Família.
Mais de R$ 500 bilhões por ano. É o que é o Bolsa Família? R$ 100 bilhões. O Bolsa-Empresário é cinco vezes mais. Querem Estado mínimo, mas estão sempre lá pendurados nas tetas.
Qual é a causa da desoneração? Os grandes veículos de comunicação aproveitaram e entraram. Boa parte dos trabalhadores que eram pejotizados na época anterior foram reempregados numa condição mais precária porque estão desonerados. Entendeu? Outra questão. Há discussão sobre serviços públicos. Estamos fazendo um trabalho junto a todos os trabalhadores do tipo ´O que é o serviço público?` É o SUS é uma escola pública de qualidade… Como está a escola pública do Rio Grande do Sul? Horrível.
Precisou o calor para demonstrar nacionalmente qual o tipo de escola pública que o governador vende como bonito, de excelência, que funciona. E não funciona. Não tem bebedor de água. Não tem ventilador. Alguns disseram: ‘mas esse pessoal que está na escola pública não tem ar-condicionado em casa, não tem água gelada’. Eu falei, oi?
Já estão acostumados a sofrer.
Tipo ‘Ah, pra quê? Eles não precisam’. Então, serviços públicos são estratégicos. Servidores e carreiras qualificadas e não terceirizadas. A questão da transição do mundo do desenvolvimento e produtivo que envolve a indústria. Qual indústria que a gente defende? Qual tipo de produção de comida para quem e como? E qual política com veneno, mais veneno, menos veneno. Dialoga com a questão da transição da questão ambiental. E a luta pela melhora não pode prescindir da classe. Mas a classe se olhando. E aí, transversamente, essa questão climática que finalmente se consensuou.
“Você não consegue aumentos reais. Mas tem que melhorar o ambiente de trabalho para evitar o massacre”
E que tem consequências diretas para o mundo do trabalho. É só pensarmos na pandemia, o número de locais que fecharam. Agora com a enchente no estado, quantas pessoas ficaram sem trabalho…
A qualificação do ambiente de trabalho. Como que se trata a questão da mulher? Da raça, do preconceito? Como estamos operando para, de novo, articular os coletivos? A gente está trocando cláusulas. Como foi resolvido o problema de usar ou não o banheiro para as mulheres no setor da indústria? Assédio. Assédio moral. Assédio sexual. Salarialmente é mais difícil você crescer muito. Você não consegue aumentos reais. Mas você tem que melhorar o ambiente de trabalho para evitar a exploração, o massacre. Os capitães do mato com chicote na área de produção do calçado que fica vendo se a pessoa está produzindo ou não.
Fiscalizando a ida ao banheiro.
Coisas concretas para que o trabalhador se dê conta que existe uma conexão com aquilo que defendemos como projeto, como classe. Para ele não aceitar depois, em outros ambientes, em que ele também convive. E se conecta com o direito da mulher, do negro, do salário igual. Tem sido muito legal isso porque isso desacomoda, cria uma outra perspectiva e a gente está organizando isso através de setores e macro setores.
O sindicalismo é muito municipalizado, muito regionalizado, muito individualizado. Os metalúrgicos de Porto Alegre, os metalúrgicos de Santa Rosa… E os metalúrgicos com o pessoal do calçado, com o pessoal da produção de proteína animal, com o pessoal da petroquímica. E aí criamos o macro setor da indústria que se enxerga com a agricultura familiar. Às vezes, está na base das plataformas dos capitalistas, como a JBS, e eles acham empreendedores da agricultura familiar.
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O agro familiar.
Então, estamos na resistência, mas nos organizando para sair da resistência e voltar a ter conquistas e reconquistas de direitos que perdemos. Só lamentar as perdas não é suficiente.
Quantos trabalhadores têm hoje carteira assinada no estado e no país?
Tem uma variação sazonal no Rio Grande do Sul que vai de 2,4 milhões até 2,6 milhões. No Brasil, estamos chegando nos 40 milhões. Pegamos depois do golpe, com esse desmanche de precarização, de pejotização, de terceirização, de quarteirização, de trabalhos intermitentes, que não eram reconhecidos. Baixamos para 33 ou 34 milhões. O Brasil tem a oportunidade de formalizar ainda muito o mundo do trabalho.
Tem havido pouco, mas há um crescimento.
Um crescimento desses postos de trabalho regularizados. Um milhão e meio de postos de trabalho no último ano para cá. É bastante.
Tem uma proporção entre carteira assinada e pejotização?
Carteira assinada, estrito senso, é a carteira azul, e os pejotizados, os MEIs e informalizados, eu diria. Hoje, está meio a meio.
Já a partir de 2016 ou antes?
Já vinha uma tendência. Desoneração, fortalecimento da pejotização, a criação do Simples, do MEI. Deu uma incentivada ao micro e pequeno empreendedor individual. ´Ah, perdeu o emprego? Não vou mais procurar emprego. Vou abrir uma MEI (micro empresa individual)… E depois veio a pandemia e esse trabalho mais de casa. Um setor que não vai voltar. No caso do informal ou do uberizado, temos conversado com os trabalhadores dessas áreas.
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E o que eles dizem?
Eles não querem ir para o mundo formal… É uma discussão bem difícil.
Há essa questão da administração do seu tempo também, não? Tipo ‘Eu posso sair, ficar sem trabalhar durante seis horas, posso ir buscar meu filho na escola, vou ao supermercado’, esse tipo de coisa.
O pessoal não está ajustando essa ideia da quantidade de horas. O problema não é a hora em que você quer trabalhar. É a quantidade de horas que você vai ficar trabalhando. ‘Ah, mas eu quero ter o direito a dez horas. Sim, mas dez horas em cada plataforma? Como se controla isso? ‘Ah, mas tu não tens nada a ver com isso’. Eu falei, não, espera aí, companheiro. Tu estás transportando gente, tu estás na rua, é uma pessoa. Tu tens família. E a questão da saúde? Você vai ficar doente. ‘Ah, tudo bem’. Vai trabalhar quatro, cinco, seis anos e depois? Bate o carro, vai tomar alguma coisa ou um café a mais para poder ficar acordado e trabalhar nas viradas e tal… É uma questão social. Não é uma questão de ‘Eu quero fazer a quantidade de horas que quero trabalhar’. Tem uma relação com o mundo lá fora e o mundo teu familiar e a tua vida da saúde. Vai estourar onde? No SUS, no sistema público. E, se for convalescer por um tempo, quem vai sustentar a família? Qual a renda que essa pessoa vai ter? Quem assegura a renda? Se não estás minimamente formalizado dentro do sistema, não vai ter.
É trazer esse debate que é coletivo, não é?
É social. É de uma sociedade que tem que se enxergar. Em outros países, o pessoal tem dez horas. É controlado. Bateu 10 horas, tu não liga mais nada.
Isto traz um outro debate que é o do transporte público. Para onde está indo o transporte público, cada vez mais precarizado e sendo substituído por esse transporte, digamos, particular empresarial.
Vamos pegar o caso da Trensurb (metrô de superfície da região metropolitana de Porto Alegre sob risco de privatização). Fizemos movimentos junto à nova diretoria e do Governo Federal. No dia 24, vamos entregar uma carta para o presidente Lula em Rio Grande para pedir que a Trensurb seja retirada da privatização. Por que a Trensurb não pode articular o transporte de Alvorada a Gravataí com linhas de transporte ferroviário? Como é no Rio. Por que o Trensurb está 40% ocioso? Por que não se faz um esquema de abastecimento de linhas do próprio sistema e ampliando o sistema?
Na conversa com o pessoal da Fiergs (Federação das Indústrias do RS) perguntamos quem vai ganhar com isso. Vão ganhar todos. O trabalhador vai usar menos tempo para ir trabalhar, o empresário vai receber um trabalhador mais descansado, mais pontual. E ganha a natureza quando (se reduz) a quantidade de carros nas ruas e veículos nas ruas… É engraçado mas parte do setor empresarial brasileiro é atrasado mentalmente. Ele quer um trabalhador melhor, mais qualificado e que não falte. Mas não está junto para discutir um sistema de transporte coletivo moderno, bom, qualificado, que garanta esse trabalhador para ele.
“Os servidores públicos também têm a tarefa de conversar com a sociedade sobre a importância do serviço público”
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Estamos tratando de serviço público que, no senso comum das pessoas, não tem uma imagem exatamente favorável. Então, por isso, muita aceita a ideia de privatizar setores hoje operados pelo serviço público. Não falta demonstrar mais a importância do serviço público? Um exemplo mais claro é o do próprio SUS. Sem o SUS não teríamos 700 mil mortos na pandemia mas muito mais. O que poderia ser feito em relação a isso para enfatizar a extrema necessidade que o Brasil tem do serviço público? As pessoas usam e, muitas vezes, nem sabem que estão usando um serviço público.
É uma tarefa bem complexa. Estamos diante de um tipo de governante que, por exemplo, faz propaganda, como o governador de São Paulo, da atitude do Trump de sair demitindo em massa servidores públicos. No Rio Grande do Sul temos uma experiência bem materializada. A Equatorial, que comprou a CEEE. Uma empresa que dá treinamentos precários aos seus trabalhadores para efeito de cumprirem as suas funções.
Sempre fazemos um apelo aos servidores públicos. Eles também têm a tarefa de conversar com a sociedade sobre a importância do serviço público. Porque, claro, tem o salário, tem a precarização, tem o desmonte e tal. O diálogo com a sociedade é muito importante.
“Por que os deputados não querem que a população brasileira saiba para onde foi a emenda?”
As pessoas acreditam, grande parte delas, que o problema do Brasil não é a saúva – aquela velha frase ‘Ou Brasil acaba com a saúva ou a saúva acaba com o Brasil’ – mas a corrupção. Tens essa notícia de corrupção e ela ganha espaço na mídia empresarial. Quando é corrupção do ente público ou de um servidor público. Agora, no outro polo, está o corruptor também. Mas ocorre uma superexposição daquele que foi corrompido e não do agente corruptor. Então, cria-se a ideia de que o público está permeado pela corrupção. E qualquer coisa que for feita no sentido de eliminar o público será proveitosa, porque não haverá corrupção. Quer dizer, essa é a fábula.
Vamos ver quem são os agentes da corrupção. Tem empresários? Sempre tem. Ah, mas são todos? Não. Tem sempre as máquinas que fazem as coisas acontecerem. Como são constituídos (os postos de comando) no setor público? São dos servidores públicos ou são cargos de confiança? De CCs. Por que os deputados não querem que a população brasileira saiba para onde foi a emenda e se foi gasta naquilo que foi determinado?
Não querem que os donos do dinheiro, os contribuintes, saibam para onde foi o dinheiro.
Porque, quando há uma licitação e é um ente público que contrata, fica mais caro do que quando é a iniciativa privada que vai receber o dinheiro? É carimbado. Por que tem que ser mais caro? Quem ganha com o mais caro? Agora, estamos com a questão desses bilhões que vêm para a reconstrução do Rio Grande do Sul. Tem que criar um portal de transparência para acompanhar todo o dinheiro que vai vir aqui para onde ele foi e se aquilo é razoável.
Controle público.
Um conselho com controle público que possa fazer passo a passo o processo de fiscalização. ‘Vamos desassorear, dar dinheiro para a prefeitura para comprar brita, para arrumar aquilo que foi destruído’. Aquilo foi feito exatamente, foi gasto ali ou só tem uma nota fiscal de parte do serviço? Estou só levantando hipóteses. Não estou acusando.
Você está falando sobre o caso das enchentes e não posso deixar de lembrar de que, tão logo aconteceu, a Fiergs disse que o Governo Federal tinha obrigação de dar R$ 100 bilhões para o Rio Grande do Sul. Enquanto isso, o próprio governador Eduardo Leite falou que a reconstrução do estado custaria R$ 20 bilhões. A Fiergs queria R$ 100 bilhões para as indústrias, para ela…
Tivemos uma experiência bem interessante na relação com o setor empresarial durante as enchentes. Montamos uma mesa com a Fiergs, com as entidades empresariais, as centrais sindicais, para elencarmos prioridades dentro da disputa do dinheiro. A gente meio que teve algumas divergências mas consensuamos que tinha que se garantir que o trabalhador atingido, empregado ou desempregado, recebesse uma renda. Não a empresa, o trabalhador. Claro, a empresa ia deixar de pagar o salário das pessoas, mas garantiria o posto de trabalho.
“O próprio sistema de fiscalização e controle desse tipo de coisa (a escravidão) tinha sido desmontado”
Nestes primeiros dias de 2025, já houve três desmantelamentos de espaços onde havia trabalho análogo à escravidão na colheita da uva na Serra Gaúcha. Mais uma vez. A CUT estava participando de uma mesa junto com o Ministério do Trabalho e Emprego e os empresários. Como está esse debate?
Estamos acompanhando, criamos canais de denúncia mas não temos poder de polícia. Mas temos condição de melhorar isso. Aliado ao desmonte da máquina pública, que vem do golpe de 2016, também (o modo) como os governantes se pronunciam influencia e a sociedade também se reconforma. Então, a piscadinha que os ex-presidentes mais recentes deram, antes do Lula, abriu a porta, autorizou a fazer. E já tinha essa prática, já existia. Sou do Interior e uma série de amigos meus iam, durante as férias, fazer a safra da uva na serra gaúcha. Mas em outras condições. Agora não. Argentinos, indígenas paraguaios, bolivianos e tudo mais. Aproveita-se a alta vulnerabilidade das pessoas para explorá-las. Estivemos lá em Bento (Gonçalves) no ano passado.
Vai ser um processo. O próprio sistema de fiscalização e controle desse tipo de coisa tinha sido desmontado. Foi desmontado para que, de fato, ficasse assim.
Lembro que, na primeira denúncia, um empresário da região, observou que o problema surgiu devido ao Bolsa Família, que as pessoas recebiam Bolsa Família na região e não queriam trabalhar. Então, traziam o pessoal do Nordeste. Esse era o argumento.
É o problema da Itália. Estive lá agora, falei com o pessoal sindical, com donos de restaurantes. “É, está vindo agora o modo indiano, o pessoal da África”. Então, falei ´Mas se não fossem eles trabalhando agora na tua cozinha, quem estaria? O filho de um italiano?` Não, esse pessoal quer ir para a Inglaterra. Prefere lavar prato lá e ir na Alemanha do que ficar na Itália. Migrações sempre existiram. Mas como nos relacionamos com o direito das pessoas?
Quero registrar que estamos diante de um risco, o dos autoritarismos, dos despropósitos que vêm das disputas dos impérios, que se dão ao luxo de disputar entre as big techs e os banqueiros para ver quem vai mandar no mundo. Nosso desafio aqui no Brasil é dar condições para que a juventude se qualifique, tenha uma vida melhor e defenda o planeta a partir do nosso país que tem muitos recursos naturais. Temos que responder à tendência, por exemplo, de acabar com as prerrogativas de um presidente da república através de um sistema orquestrado do capital, das oligarquias com a unidade do movimento.
O povo mais progressista deve ter uma condição efetiva de ganhar setores sociais que podem não concordar imediatamente conosco, trazendo-os paras o nosso lado. Para a gente constituir uma maioria que possa realmente mudar o nosso país e se juntar com quem quer mudar o mundo para melhor.
(*) Esta é uma versão reduzida de entrevista concedida ao podcast De Fato
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