No período de Carnaval, há um maior risco para contaminação por infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e, por isso, é importante que campanhas e políticas de prevenção sejam amplamente divulgadas e de fácil acesso. Em Curitiba, por exemplo, preservativos poderão ser retirados gratuitamente nas unidades de saúde até a sexta-feira (28).
O médico andrologista e urologista Tiago César Mierzwa, especialista em saúde sexual masculina, reforça a necessidade de atenção e cuidados preventivos. “A prevenção é a chave para um Carnaval seguro e saudável. Utilize preservativos, mantenha-se informado sobre as ISTs e busque orientação médica regularmente. A responsabilidade é de todos para garantir uma folia sem preocupações”, destaca.
No período do Carnaval, as doenças sexualmente transmissíveis mais comuns são:
- HIV: Enfraquece o sistema imunológico e, sem tratamento adequado, pode evoluir para AIDS.
- Sífilis: Infecção bacteriana que, se não tratada, pode comprometer órgãos vitais como o coração e o sistema nervoso.
- Herpes genital: Provoca lesões dolorosas na região genital e pode ter crises recorrentes.
- Hepatites virais: Inflamações no fígado que podem levar à cirrose ou câncer hepático.
- HPV: Está relacionado ao câncer de colo do útero e outras neoplasias.
- Clamídia: Pode levar à infertilidade se não tratada.
A prefeitura de Curitiba oferece preservativos gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde. Por outro lado, por conta do feriado, o funcionamento das Unidades Básicas de Saúde (UBS) ocorre apenas até o dia 28 de fevereiro, sexta-feira. As unidades fecham no sábado (1º) e reabrem na quarta-feira (5), às 14h.
Independentemente do período, a rede municipal oferece os testes gratuitos em todas as unidades de saúde. Outra opção é a testagem rápida, ofertada pelo Centro de Orientação e Aconselhamento (COA), que fica na Rua do Rosário, 144, 6º andar, Centro.
Para o médico Tiago César Mierzwa, além dos testes rápidos, os foliões devem levar em conta que a vacinação contra o HPV e a hepatite B é uma medida preventiva essencial. Fazer testes regulares e buscar atendimento médico ao menor sinal de sintomas também são atitudes fundamentais.

Mierzwa reforça que a prevenção vai além do uso de preservativos: “O rastreamento eficaz e estratégias como vacinação e profilaxia são essenciais para evitar complicações graves. Cuidar da saúde sexual não deve ser um tabu, mas um compromisso de todos”.
Já a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) alerta para a necessidade de conscientizar os gestores municipais sobre a importância da ampliação do acesso à PrEP: Profilaxia Pré-Exposição (PrEP). “Uma dose combinada de dois medicamentos diários são utilizados para prevenir a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). A Sesa enfatiza a importância de os municípios ofertarem esta combinação, que se reflete na diminuição dos casos novos de HIV/Aids”, orienta.