A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PT-PR), aceitou o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), em substituição a Alexandre Padilha, que assumiu o Ministério da Saúde neste semana. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa de Hoffman e, posteriormente, pela própria presidente do PT em suas redes sociais.
Em nota, o Palácio do Planalto afirmou que Lula se reuniu na manhã desta sexta-feira (28) com a deputada e a convidou para assumir a pasta. “A posse da nova ministra está marcada para o dia 10 de março”, informa o texto.
Nesta semana, o Brasil de Fato já havia adiantado que a deputada poderia assumir a SRI. Uma das figuras mais influentes da política nacional, Gleisi Hoffmann iniciou sua carreira política como líder estudantil no Paraná, mesmo estado que a elegeu senadora em 2010. Em 2011, assumiu a Casa Civil da ex-presidente Dilma Rousseff, cargo que ocupou até 2014. Logo, retornou ao Senado Federal e foi uma das principais vozes da resistência ao golpe de Estado em 2016. Em 2019, se elegeu deputada federal pelo estado do Paraná, sendo reeleita para o mesmo cargo em 2022.
Desde 2017, Hoffmann é presidente nacional do PT, tendo liderado a agremiação no período mais difícil da vida política do partido, passando pela Operação Lava Jato, a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a eleição de Jair Bolsonaro (PL) em 2018 e a retomada do governo a partir das eleições em 2022.
À frente da SRI, ela terá sob sua responsabilidade a relação com o Congresso Nacional, incluindo a distribuição de emendas parlamentares. A articulação política do governo vinha sendo objeto de críticas de parlamentares. A secretaria também é responsável pela articulação de programas federais com estados e municípios.
Esta é a terceira mudança ministerial do governo Lula neste ano. A primeira foi a troca de Paulo Pimenta por Sidônio Palmeira no comando da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), em janeiro. A segunda ocorreu nesta semana, com a saída de Nísia Trindade do Ministério da Saúde, que foi substituída pelo ex-SRI, Alexandre Padilha.