Os desfiles do Grupo Especial do Carnaval de São Paulo de 2025 começam nesta sexta-feira (28), no Sambódromo do Anhembi. Sete escolas de samba se apresentarão no primeiro dia, seguindo a ordem definida por sorteio realizado pela Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo (LigaSP).
Na sexta, a programação inicia às 23h, com a Colorado do Brás, seguida pela Barroca Zona Sul às 0h05, Dragões da Real à 1h10, Mancha Verde às 2h15, Acadêmicos do Tatuapé às 3h20, Rosas de Ouro às 4h25 e Camisa Verde e Branco às 5h30.
Para este ano, o samba-enredo da escola Colorado do Brás levará para a avenida a história e importância cultura do Afoxé Filhos de Gandhy, dos compositores Léo do Cavaco, Thiago Meiners, Sukata, Cláudio Mattos e Rafael Tubino.
“O Afoxé Filhos de Gandhy é a resistência, é a paz, é a folia, é a alegria do povo baiano. E será também a da Colorado do Brás. E que o padê de Exu se misture com as entidades hindus e tragam a paz para o mundo! Paz. Harmonia. Axé, Namastê!”, diz a escola em nota sobre a escolha do tema do samba enredo.
Em seguida, a escola Barroca Zona Sul traz em seu samba-enredo em homenagem à Iansã com a música “Os nove oruns de Iansã“, dos compositores Thiago Meiners, Sukata, Claudinho, Cacá Camargo, Fernando Negão, Morganti, Jairo Roizen, Léo do Cavaco, André Valencio, Mineiro, Júlio Alves e Marco Moreno.
“Oyá é guardiã dos nove oruns. A mãe do julgamento e do trovão. Que a verdade possa iluminar. A fé em cada coração. Quando ecoar. O tambor que arrepia meu ilê. E o bem maior desbotar toda escuridão. O fogo que arde pra purificar. É mais uma chance de recomeçar. Reflete no olhar da criança. A paz de Oxalá”, diz um trecho do samba.
Por sua vez, a Dragões da Real entra na avenida com o samba-enredo “A vida é um sonho pintado em aquarela!”, inspirada na música Aquarela, de Toquinho. A canção foi criada pelos compositores Galo, Léo do Cavaco, Jairo Roizen, Rodrigo Dias, Thiago Meiners, Fadico, Claudio Mattos, Clairton Fonseca, Robson Valêncio, Vitor Blanco, Alves e Tubino.
“Numa folha qualquer. Vou desenhar o meu castelo. Um reino de encanto e magia. Onde a poesia veste o sol amarelo. Sonhar e perceber. Se um pinguinho de tinta cair no papel. Quem sabe, imaginar. Uma linda gaivota voando no céu. Da pureza no olhar da criança. Ao novo mundo que vai despertar. E quando arrancar um sorriso. No azul infinito eu vou navegar”, diz o primeiro trecho da música ao traçar o ciclo da vida de uma forma lúdica.
Na sequência, a Mancha Verde embala o Carnaval paulistano com a música “Bahia, da fé ao profano”, que traz o universo sagrado do estado nordestino, com suas tradições religiosas típicas. O samba-enredo é criação dos compositores Wladi Nascimento, Edinho Gomes, Myngal, Felipe Mussili e Gilson Bernini. “Rezei para o santo, pedi no gongá. Deixei as velas para o meu orixá. Eu estou com a guia no pescoço. E o patuá no bolso. Minha fé vai me guiar”, diz um trecho.
A quinta escola a entrar na avenida, a Acadêmicos do Tatuapé, faz uma ode à Justiça com o samba-enredo “Justiça – A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo lugar”, dos compositores Turko, Zé Paulo Sierra, Silas Augusto, Rafa do Cavaco, Fabio Souza e Luiz Jorge.
Citando os líderes afro estadunidense Martin Luther King Jr. e sul-africano Nelson Mandela, a música termina dizendo: “A escola da emoção veste a toga da justiça. Podem me jugar, falar o que quiser. De Luther King e Mandela a inspiração. Respeite o meu Tatuapé”.
Depois, a escola Rosas de Ouro traz em seu samba-enredo “Rosas de Ouro em uma Grande Jogada” a vida a partir de uma história de jogos, criado pelos compositores Aquiles da Vila, Fabiano Sorriso, Salgado Luz, Leandro Flecha, Fábio Gonçalves, Fabian Juarez, Marcos Vinicius, Daniel, Wagner Forte e Biel.
“O medo de perder não pode superar (bis) a gana de vencer. O jogo vai virar. Rosas de Ouro, a grande jogada. Pode apostar”, entoa o refrão.
Por fim, a escola Camisa Verde e Branco fecha o primeiro dia de desfile em São Paulo com o samba-enredo “O tempo não para! Cazuza – o poeta vive!”, fazendo uma homenagem ao cantor que circulou do rock à MPB.
“Será uma celebração memorável, repleta de emoção, onde cada detalhe nos aproximará ainda mais do coração pulsante da nossa história”, disse a escola em suas redes sociais ao anunciar o tema.
“Vem ouvir o rock and roll. Pela libertação de um Brasil sem senhor. Um Brasil sem patrão. Sei que a Bete chegou. Balançando os quadris. Pro dia nascer feliz”, diz um dos trechos da música escrita por Silas Augusto, Claudio Russo, Rafa do Cavaco, Turko, Zé Paulo Sierra, Fábio Souza, Luiz Jorge, Dr. Elio e Bruno Giannelli.