Centenas de manifestantes tomaram as ruas de Curitiba neste sábado (8) em ato pelo Dia Internacional da Mulher. Organizada pela Frente Feminista de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral, a passeata percorreu o centro da cidade com pautas como trabalho digno, autonomia sobre corpos e territórios e combate à fome, ao fascismo e às diversas formas de opressão de gênero.
A concentração começou às 10h na Boca Maldita, ao lado da estátua da engenheira Enedina Alves. De lá, manifestantes seguiram pela Rua XV de Novembro e Rua Riachuelo até a Praça da Mulher Nua, no Centro Cívico. Bandeiras, cartazes e instrumentos musicais marcaram o ato, que reuniu coletivos feministas, movimentos sociais e trabalhadores de diversas categorias.

“Neste dia estamos na rua marchando pelos direitos das mulheres”, afirmou Santa de Souza, ativista pelos direitos das mulheres. “Lutamos historicamente pela redução da jornada de trabalho, pelo fim da violência contra todas as mulheres e para lembrar o assassinato de nossas grandes líderes, como Marielle. Este dia é um marco de reivindicação e defesa dos nossos direitos.”
A mobilização teve forte participação de trabalhadoras do campo e da cidade. Adriana Oliveira, coordenadora do Marmitas da Terra e do Mãos Solidárias, destacou a importância do encontro como um espaço de fortalecimento coletivo. “A Boca Maldita é um palco de luta e resistência da classe trabalhadora. Este é um momento em que as mulheres se reúnem para anunciar o projeto que temos construído coletivamente e também para nos nutrirmos enquanto classe trabalhadora e enquanto mulheres”, disse.
Ela ressaltou ainda a união das mulheres do campo, das águas e das florestas com a classe trabalhadora urbana na luta contra o regime de trabalho 6×1. “A luta pela emancipação das mulheres é a luta pela emancipação da humanidade. É um movimento coletivo contra o capital e contra tudo o que nos oprime”, afirmou.
A manifestação encerrou na Praça da Mulher Nua, onde grupos feministas reforçaram suas demandas e lembraram a importância da mobilização contínua para a garantia de direitos e o enfrentamento às desigualdades de gênero.
