Neste sábado (8), milhares de mulheres estão ganhando as ruas de todo o Brasil nos atos em alusão ao Dia Internacional de Luta das Mulheres. Em Fortaleza, coletivos de mulheres, organizações políticas, sociais e sindicais realizaram um grande ato político-cultural para celebrar o 8M, com caminhada pelo Centro de Fortaleza, encerrando na tradicional Praça do Ferreira, onde foram realizadas falas, apresentações e o encerramento do ato.
Com o tema “Mulheres contra as guerras, o racismo e as violências: pela legalização do aborto, por democracia e sem anistia para golpistas!”, o ato teve início às 8h da manhã.
A ouvidora geral externa da Defensoria Pública do Ceará (DPCE), Joyce Ramos, esteve presente no ato em Fortaleza e declarou a importância da manifestação: “estamos aqui, em mais um 8 de março, construindo a luta das mulheres em todo o mundo. Estamos aqui para darmos continuidade às lutas que nós travamos no ano passado contra os retrocessos que nós mulheres tivemos no Congresso Nacional. E este ano de 2025, nós viemos também construir um plebiscito popular a favor da taxação das grandes fortunas e contra escala 6×1 que explora e escraviza o trabalho de trabalhadoras e dos trabalhadores”.
Joyce diz que “é necessário que a gente vá às ruas, levante o punho esquerdo para que a gente possa dizer ‘não’ à toda e qualquer retrocesso, sobretudo, aos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, mas, também, para que a classe trabalhadora como um todo, possa ter os seus direitos e a justiça promovida para todas, todos e todes”.
A vereadora de Fortaleza e militante da Marcha Mundial das Mulheres, Mari Lacerda (PT), também participou do ato e defendeu as pautas de luta das mulheres. “Queremos a divisão do trabalho doméstico, queremos o fim da violência, o fim da opressão contra homens e mulheres, queremos uma vida livre de todas as formas de opressão. E é só nas ruas que nós conseguiremos conquistar nossos direitos, assim como foi no primeiro 8 de março, há 115 anos atrás, continuamos com a nossa rebeldia, continuamos com a nossa irreverência, continuamos ocupando as ruas para avançar nos nossos direitos”.
Mulheres de terreiro
As Mulheres de terreiro do Instituto Carta Magna de Umbanda do Ceará (ICMU-CE) estiveram entre as participantes de hoje para denunciar a violência praticada por aqueles que promovem a intolerância e o racismo religioso, o machismo e as violência de gênero. Este é o segundo ano consecutivo delas no 8 de março.
Mãe Edna, do Centro Espírita da Mãe Maria, fortaleceu a unidade em torno das lutas: “vamos juntas lutar contra a guerra, contra o racismo, e também contra a violência”. Do mesmo jeito foi o presidente do ICMU-CE, Pai Gérson, que participou da mobilização afirmou que “o dia de hoje é um momento de nos unirmos na luta contra o preconceito, o machismo e tantas outras mazelas que adoecem e matam. Estamos nos preparando para o II Encontro de Mulheres de Terreiro do ICMU-CE e nossa luta continua. Parabéns às mulheres de terreiro. Parabéns às mulheres de luta.”
Mulheres Sem Terra
Quem também marcou presença no ato foram as mulheres Sem Terra do MST. Luz Marin, militante do MST, coordenadora do Mãos Solidárias, defendeu a democracia e os direitos das trabalhadoras. “As mulheres estão aqui para dizer que não aceitamos anistia, queremos Bolsonaro na cadeia. Nós estamos aqui para defender os direitos das trabalhadoras, contra a escala 6×1, e aqui, veio todas a mulheres de luta, aqui com as nossas unitárias, para dizer que as mulheres estão aqui na luta pela visita das mulheres”.
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