O impacto dos megaprojetos de energia renovável na região da Borborema, na Paraíba, é mais uma vez o tema da Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia. A manifestação, que está na sua 16ª edição, ocorrerá no município de Esperança (PB). A concentração começa às 8h, na Praça da Cultura, com saída às 11h30. Além do ato, a programação conta com uma feira de produtos agroecológicos e artesanatos, produzidos pelas agricultoras do Polo da Borborema, e apresentação cultural da cantora Lia de Itamaracá.
“É o quarto ano consecutivo que a mobilização pauta os impactos negativos de megaprojetos energéticos para o meio ambiente e o modo de vida camponês”, conta, em nota, a organização. Neste contexto, o lema desta edição é Mulheres em Defesa da Borborema Agroecológica.
Segundo a nota, a manifestação pretende afirmar a agroecologia como um “projeto de vida”, uma alternativa para a adaptação climática, como também um modelo para geração de energia descentralizada, que “respeite os territórios e seus povos, fortalecendo a autonomia e o direito das famílias agricultoras de permanecerem e produzirem em suas terras”. De acordo com a organização, a marcha não se coloca contra as energias renováveis, mas “reivindica um modelo energético que não devaste a natureza”.
História
Organizada pela Movimento de Mulheres do Polo da Borborema, a marcha foi criada em 2010. O Polo da Borborema é composto por sindicatos de 13 municípios da Paraíba (Alagoa Nova, Algodão de Jandaíra, Arara, Areial, Casserengue, Esperança, Lagoa Seca, Massaranduba, Montadas, Queimadas, Remígio, Solânea e São Sebastião de Lagoa de Roça), como também 150 associações comunitárias, uma associação de agricultoras e agricultores agroecológicos e uma cooperativa.
Para a 16ª edição, a mobilização iniciou em outubro de 2024. E, em janeiro deste ano, reuniões municipais e comunitárias de formação começaram a ocorrer. “A manifestação também é um espaço de transformação para as mulheres”, destaca, em nota, a organização.
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