O vice-ministro das Relações Exteriores chinês, Ma Zhaoxu, junto com seus homólogos do Irã e da Rússia, Kazem Gharibadi e Serguei Ryabkov, pediram o “fim de todas as sanções unilaterais ilegais” e uma “atmosfera favorável” à diplomacia.
Durante a renião trilateral nesta sexta-feira (14), os vice-ministros discutiram o aumento das tensões entre Teerã e Washington, destacando que “o diálogo baseado no respeito mútuo” é a “única solução viável” e que “sanções, pressões e ameaças” devem ser abandonadas.
Os três países enfatizaram que “todas as partes” devem “trabalhar para eliminar as causas subjacentes à situação atual e abandonar sanções, pressões e ameaças”.
Os Estados Unidos solicitaram novas sanções contra o ministro do Petróleo iraniano, Mohsen Paknejad, que planeja distribuir petróleo bruto iraniano para a China e importá-lo para transações de hidrocarbonetos offshore.
O Irã, por sua vez, condenou as novas sanções dos EUA contra seu setor petrolífero, dizendo que elas representavam uma demonstração da “desonestidade” de Washington, que persistiu nas negociações, mas manteve uma política de “pressão máxima” em relação a Teerã.
Na reunião trilateral de sexta-feira, os vice-ministros também enfatizaram a importância de cumprir a Resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU, que estabeleceu o acordo nuclear de 2015 com Teerã, bem como seu “cronograma”.
O acordo histórico de 2015, conhecido como Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), impôs restrições ao programa nuclear do Irã em troca de um alívio das sanções. No entanto, em 2018, em seu primeiro mandato, Trump retirou os EUA do acordo, ao qual Teerã continuou a aderir plenamente por mais um ano, para depois começar a retroceder em seus compromissos.
Na reunião desta sexta-feira, China e Rússia saudaram “a reafirmação da natureza pacífica do programa nuclear do Irã e sua abstenção de desenvolver armas nucleares”, informou a agência chinesa Xinhua.