Com 88 votos, o deputado estadual André do Prado (PL) foi reeleito presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) neste sábado (15). Sua única concorrente, Paula Nunes da Bancada Feminista (Psol), foi derrotada com apenas quatro votos dos 94 possíveis. O mandato tem a duração de dois anos.
O resultado era esperado já que o bolsonarista teve apoio amplo do centro, da direita e, surpreendentemente, do PT e da federação que o partido integra ao lado de PCdoB e PV, na maior bancada da Casa, com 19 deputados.
A reeleição deve consolidar um cenário de alinhamento quase absoluto entre a Alesp e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que mira a Presidência da República em 2026. Para Nunes, a submissão da Casa ao governador não é uma simples estratégia política, mas um projeto deliberado para impedir qualquer atuação independente dos deputados.
Em entrevista ao Brasil de Fato, a parlamentar do Psol criticou a condução da Casa, denunciou o desmonte dos serviços públicos e classificou a privatização da Sabesp como um marco do governo Tarcísio. “Esse não é um governo qualquer, e o PT deveria estar ao nosso lado na oposição. Eles erram ao se aliar ao PL”, afirmou.
Aliado do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, André do Prado está no quarto mandato como deputado em São Paulo. Em sua atuação na presidência da Alesp, teve influência na aprovação de pautas cruciais para Tarcísio, incluindo a privatização da Sabesp, o corte de verbas para a educação e a criação de escolas cívico-militares.