Os Estados Unidos intensificaram sua ofensiva militar contra o Iêmen com uma série de bombardeios que resultaram na morte de pelo menos 24 pessoas e deixaram outras 23 feridas. Os ataques, realizados em parceria com o Reino Unido, foram condenados pelos houthis, que classificaram a ação como um “crime de guerra”.
A emissora Al-Masirah, controlada pelos houthis, informou que um dos ataques atingiu um bairro residencial em Sanaa, capital do país. Segundo o Ministério da Saúde do governo houthi, 13 civis foram mortos e nove ficaram feridos na capital. Na província de Saada, 11 pessoas, incluindo quatro crianças e uma mulher, foram mortas e outras 14 ficaram feridas.
O governo britânico, envolvido na coalizão, não confirmou oficialmente sua participação no ataque.
Os ataques liderados pelos EUA fazem parte de uma estratégia para enfraquecer a capacidade militar dos houthis, que controlam vastas regiões do Iêmen, incluindo a capital e instituições estatais desde 2014. A ação inclui o bombardeio de radares, sistemas de defesa aérea e lançadores de drones.
O grupo iemenita prometeu responder à ofensiva. “A agressão não ficará sem resposta, e nossas forças armadas estão totalmente preparadas para responder à escalada com escalada”, afirmou um porta-voz dos houthis.
Os houthis voltaram a atacar embarcações no Mar Vermelho que consideram ligadas a Israel. A medida, segundo o grupo, é uma retaliação ao bloqueio imposto pelo governo israelense ao fornecimento de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, que foi interrompido no início de março.
A ofensiva dos EUA no Iêmen torna mais grave a instabilidade no Oriente Médio, ampliando o escopo do conflito iniciado por Israel na Palestina e aumentando as tensões entre Washington, Teerã e seus aliados na região.