Economistas de bancos e outras instituições financeiras reduziram a previsão para a inflação do país ao final deste ano pela primeira vez após 20 semanas. De acordo com esses profissionais, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechará 2025 com alta de 5,66%. Até a semana passada, a alta prevista era de 5,68%.
As previsões estão registradas no Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central (BC), justamente para acompanhar as expectativas de agentes do mercado financeiros sobre indicadores econômicos. A última edição do Focus saiu nesta segunda-feira (17), véspera do início de mais uma reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC sobre a taxa básica de juros da economia nacional, a Selic.
A Selic é o principal instrumento do BC para controle da inflação. O Copom tende a elevar a Selic sempre que a inflação dá sinais de que estar saindo da meta.
Para 2025, a meta é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto para mais ou menos. Isso quer dizer que o ideal é que o IPCA deste ano não ultrapasse os 4,5%.
Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 5,06% – ou seja, está acima da meta. Para os bancos, o IPCA deve fechar o ano em 5,66% – superando ainda mais o teto indicado.
Hoje, a taxa Selic está em 13,25% ao ano. A expectativa dos bancos é de que, nesta quarta-feira (19), o Copom a eleve para 14,25%. Até o final do ano, a taxa chegaria a 15% ao ano.
Ainda segundo representantes do sistema financeiro, a economia brasileira vai crescer 1,99% em 2025. Isso é menos do que eles estimavam há uma semana: 2,01%. Em 2024, a economia brasileira cresceu 3,4%.
Já previsão da cotação do dólar está em R$ 5,98 para o fim deste ano.