A manifestação de aposentados argentinos realizada nesta quarta-feira (19), em Buenos Aires, pediu a renúncia da ministra de Segurança do país, Patricia Bullrich. Os participantes também mantiveram as reivindicações de melhoria nas aposentadorias e nas condições de vida.
Foi o primeiro ato de aposentados – que acontece há anos em todas as quartas-feiras – após a violenta repressão contra os manifestantes ocorrida na semana passada. A manifestação acontece no mesmo dia em que os deputados aprovaram o decreto do acordo de Javier Milei com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que permite que o país contraia mais um empréstimo. O país já deve US$ 44 bilhões ao fundo.
O governo argentino preparou uma megaoperação de segurança para o ato. Houve repressão, com uso de gás pimenta e balas de borracha, mas em escala menor do que na quarta passada. Na ocasião, a polícia atacou os manifestantes de maneira generalizada e atingiu de maneira grave o fotojornalista Pablo Grillo, que teve uma fratura no crânio e ficou em estado grave. Grillo segue no internado.
De acordo com o jornal Clarín, Bullrich comemorou os resultados da operação de segurança e considerou que “foi um grande dia para o governo”. “Conseguimos ordem e controle das ruas”, disse. Ela apoiou a atuação das forças de segurança e destacou que “quando não são atacadas, agem com paz e tranquilidade”.
Nos arredores do Congresso argentino, que ficou completamente cercado por policiais, a manifestação contou com a participação das duas Centrais Operárias da Argentina (CTA), o Sindicato dos Trabalhadores da Economia Popular (Utep), vários sindicatos e partidos políticos.