Coordenado pela professora Camila Leite do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC), o ambulatório de assistência ventilatória do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) tem ganhado destaque no tratamento de pessoas com insuficiência respiratória crônica e doenças neuromusculares, como esclerose lateral amiotrófica, distrofia de Duchenne, atrofia muscular espinhal, cifoescoliose e bronquiectasias.
Criado em 2023, o serviço de saúde integra atividades de assistência, ensino e pesquisa, e funciona em parceria com o projeto de extensão RespLar, do curso de Fisioterapia da UFC, coordenado pela professora Camila Leite. Com um modelo inédito no país no atendimento a pessoas com doenças neuromusculares e insuficiência respiratória crônica, o ambulatório conta ainda com apoio do Laboratório da Respiração (RespLab), coordenado pelo professor Marcelo Alcântara, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas e do Departamento de Medicina Clínica da UFC.
Com uma equipe formada por pneumologistas e fisioterapeutas, o ambulatório já realizou mais de 250 atendimentos, que acontecem às segundas-feiras à tarde, na Ilha da Pneumologia do HUWC, e os pacientes são avaliados quanto à sua capacidade respiratória, bem como orientados sobre o uso de equipamentos de ventilação mecânica e ajustes finos desse suporte. A pneumologista, Isabella Matos, destaca que o HUWC é pioneiro no acompanhamento de pacientes com esse quadro clínico, e se tornou o único do Brasil a atender pacientes com insuficiência respiratória crônica e doenças neuromusculares. “Não existe uma proposta de cura para esse tipo de paciente, então aqui no ambulatório nós fazemos o acompanhamento para controle de sintomas e aumento de sobrevida”, explica.
A fisioterapeuta, Betina Tomaz, da equipe de profissionais do ambulatório ressalta que o equipamento de saúde trabalha com ajustes e acompanhamento do suporte ventilatório, tanto de forma preventiva quanto de recuperação. “Nosso objetivo aqui no ambulatório é evitar também as reinternações, porque esse paciente crônico vira uma porta giratória no hospital, entrando e saindo várias vezes”, detalha Tomaz.
Para ser acompanhado pela equipe do ambulatório é necessário ter prontuário no HUWC, e pode ser feito a partir de encaminhamento de um posto de saúde. Depois, é preciso que o paciente seja também encaminhado pelo serviço de pneumologia ou de neurologia do hospital. Além dos portadores de insuficiência respiratória crônica e doenças neuromusculares, familiares e acompanhantes também são contemplados no serviço, recebendo informações sobre práticas de cuidado.
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