Ataques israelenses no sul da Faixa de Gaza mataram pelo menos 23 pessoas na noite deste sábado (22), incluindo Salah Bardawil, um dos líderes políticos do Hamas. Segundo o grupo palestino, Bardawil foi morto ao lado de sua esposa.
Os ataques ocorrem após Israel romper o cessar-fogo na última terça-feira (18) e intensificar sua ofensiva na região. Desde então, pelo menos 634 palestinos foram mortos. A trégua, que havia sido instaurada em 19 de janeiro, foi encerrada com a retomada dos bombardeios.
“O sangue dele, de sua esposa e dos mártires continuará a alimentar a luta pela libertação e independência. O inimigo criminoso não quebrará nossa determinação e vontade”, declarou o Hamas em nota publicada pela Al-Jazeera.
Neste domingo (23), o exército israelense ordenou a evacuação da cidade de Rafah, no sul de Gaza, em preparação para uma nova ofensiva militar. Há informações de um fluxo populacional em direção ao norte, para Khan Younis.
Esforço diplomático
A chefe de política externa da União Europeia (UE), Kaja Kallas, visitará Israel e a Cisjordânia na segunda-feira (24) para pedir uma retomada imediata do acordo de cessar-fogo para Gaza, informou sua assessoria.
A principal diplomata europeia se encontrará com autoridades israelenses e palestinas para pressionar por “um retorno imediato à implementação total do acordo de cessar-fogo e de libertação de reféns”.
Desde o início do conflito, em 7 de outubro de 2023, os ataques israelenses em Gaza deixaram quase 50 mil mortos. No sul de Israel, pelo menos 1.139 pessoas foram mortas no ataque inicial do Hamas, e cerca de 250 foram sequestradas, sendo que a maioria já foi libertada por meio de negociações.
*Com Al-Jazeera e AFP.