Petroleiros da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, e da Usina Termelétrica Ibirité (UTE-IBT), ambas na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), paralisam suas atividades, nesta quarta-feira (26), para reivindicar direitos e pedir solução para diversas demandas que têm trazido desafios aos trabalhadores da Petrobras.
Em Montes Claros, no Norte de Minas, na Usina de Biodiesel Darcy Ribeiro, os petroleiros pretendem se atrasar para o início do expediente como forma de protesto.
:: Receba notícias de Minas Gerais no seu Whatsapp. Clique aqui ::
A mobilização, que conta com a participação de movimentos populares e sindicais, acontece de forma integrada em todo o território nacional, e tem como pauta principal a luta contra retirada de direitos, como o corte de 31% no valor acordado de pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 2024, anunciado pela empresa.
Além disso, a categoria pede uma solução definitiva aos Planos de Equacionamentos de Déficit (PEDs), que confiscam as aposentadorias e pensões de trabalhadores; um novo e único Plano de Cargos, Carreira e Salário, com possibilidades de progressão na carreira e mobilidades transparentes e justas; e também a reposição do efetivo.
Os petroleiros também lutam contra a decisão da empresa de ampliar o número de dias presenciais no regime híbrido, medida que consideram unilateral e que resultou em um estado de greve, no final de fevereiro deste ano.
A paralisação desta quarta-feira foi aprovada pelos trabalhadores na segunda-feira (24), a partir de uma ação nacional coordenada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).
Segundo o Sindicato dos Petroleiros Unificado, a mobilização é também uma forma de advertir a gestão de Magda Chambriard à frente da companhia, algo que foi reforçado em um comunicado conjunto.
“Como representantes das trabalhadoras e dos trabalhadores, que estamos sempre dispostos ao diálogo e à negociação, é incompreensível a forma autoritária e a volta à cultura do medo na Petrobrás que a gestão Magda vem tentando impor à categoria petroleira”, destacaram as entidades.
“A Petrobrás não se reconstruiu sozinha. Somos nós, petroleiros, que resistimos aos governos Temer e Bolsonaro e mantemos a empresa de pé. Não vamos aceitar retrocessos”, reforçou o Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais (Sindipetro-MG), por meio de nota, nas redes sociais.