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Início Segurança Pública

Insegurança

Furtos de cabos e fios afetam cultura no 4º Distrito de Porto Alegre

Terreira da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz enfrenta prejuízos com crescentes roubos na região

26.mar.2025 às 17h45
Porto Alegre (RS)
Clara Aguiar

Após enchente, Terreira da Tribo trocou de sede, mas agora enfrenta dificuldades com arrombamentos - Foto: Rafa Dotti

Os furtos recorrentes de cabos e fios de energia elétrica e telecomunicações vêm causando transtornos a moradores e comerciantes do 4º Distrito, em Porto Alegre. Entre os prejudicados, está a Terreira da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, que teve suas atividades gravemente afetadas.

O grupo têm sofrido com perdas significativas de acervo e equipamentos essenciais para as suas atividades. Além da devastação do espaço físico causada pela enchente de maio de 2024, a criminalidade que se seguiu intensificou ainda mais o problema. Furtos de cabos e equipamentos vitais estão comprometendo o funcionamento do teatro, já fragilizado pelas dificuldades estruturais anteriores.

Em meio a esse cenário, Tânia Farias, atriz e produtora da Terreira, descreve os obstáculos enfrentados. “A Terreira ficava na Rua Santos Dumont, 1186, no bairro São Geraldo. Ficamos mais de três semanas com o espaço completamente embaixo d’água por causa da enchente, com níveis entre um metro e meio e um metro e setenta. Perdemos muitas coisas do acervo, que são essenciais para o nosso trabalho: figurinos, adereços, cenografia, instrumentos.” Apesar de tentarem recuperar o espaço, as dificuldades com o centro cultural continuou com furtos e danos à infraestrutura, como a destruição de câmeras de segurança e a retirada de fios de energia essenciais para o funcionamento do espaço.

“Primeiro, arrombaram a Terreira e levaram computador, televisão, malas com tecidos e maquiagens do espetáculo. Também destruíram a câmera de segurança e danificaram todo o sistema de alarme. Depois disso, roubaram a fiação externa, interrompendo o fornecimento de energia. Em seguida, arrebentaram a cortina de ferro e entraram novamente, levando toda a fiação do teatro, incluindo os cabos que alimentavam os refletores e o espaço cênico”, detalha.

Após a enchente, o grupo se mudou para outra sede na Avenida Pátria, ainda no bairro São Geraldo. No novo endereço, contudo, os problemas persistiram. “A primeira coisa que aconteceu foi o roubo dos cadeados da caixa de luz e de toda a fiação que levava energia para dentro da Terreira. O poste que abastecia o espaço ficava do outro lado da rua e foi arrancado da base. Tivemos que cavar, recuperar os fios, reinstalá-los e deixá-los prontos para conexão, pois a CEEE Equatorial informou que não faria esse serviço”, explica a atriz. O prejuízo com a reposição do material e a mão de obra chegou a quase R$ 2 mil.

Pouco depois, o prédio vizinho foi arrombado e saqueado. “Eles roubaram toda a fiação de forma violenta, perfurando muros, paredes e destruindo portas. A partir desse prédio, tiveram acesso ao telhado do nosso espaço e comprometeram o fornecimento de energia no mezanino, onde ficam as salas de aula. Detonaram também parte do telhado. Depois disso, ainda roubaram novamente os cadeados da caixa de luz”, denuncia.

Para a artista, os furtos estão diretamente ligados à crise social agravada pela enchente. “O 4º Distrito está sem segurança. Quem trabalha aqui se sente vulnerável. A enchente levou muitas pessoas à miséria e à falta de perspectiva. É preciso uma política pública que garanta condições dignas de vida. Quando isso não acontece, a violência acaba sendo a resposta”, afirma.

No final do ano passado, o Prêmio Shell escolheu a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz como destaque de 2024. A homenagem ocorreu na semana passada, no Rio de Janeiro. Apesar do reconhecimento, o grupo ainda enfrenta dificuldades em ter sua sede própria.

Ver essa foto no Instagram

Uma publicação compartilhada por Terreira da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz (@oinoisaquitraveiz)

Criminalidade crescente

Os furtos de cabos de energia têm causado sérios transtornos em diversos bairros de Porto Alegre, afetando o fornecimento de eletricidade e interrompendo o cotidiano da população. Além do 4º distrito, os bairros Floresta, Medianeira, Humaitá, Jardim Itu-Sabará e Sarandi também estão entre os impactados pelo crime.

Entre janeiro e novembro de 2024, a Guarda Municipal atendeu 51 ocorrências relacionadas à queima e furto de fios da rede elétrica e de telefonia. Essas ações resultaram em sete prisões. ​A CEEE Equatorial registrou 3.197 ocorrências de furtos de cabos da rede elétrica no ano passado, uma média de aproximadamente nove casos por dia. A maior parte dos incidentes ocorreu na capital gaúcha, com 1.240 casos. 

Ao Brasil de Fato RS, a Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul (SSP-RS) informou que está “atenta aos fatos e já tem operações previstas para coibir os crimes”. Enquanto aguardam providências, moradores seguem lidando com os impactos da insegurança. 

Editado por: Katia Marko
Tags: cultura popularenchenteporto alegresegurança pública
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