A inflação do mês de março deve ser menor do que a de fevereiro, mas com alimentos subindo mais do que no mês passado. Isso é o que indica o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O IPCA-15 é uma prévia do índice oficial de inflação do país, o IPCA. Em março, ele ficou em 0,64%, 0,59 ponto percentual abaixo da taxa registrada em fevereiro (1,23%).
Desses 0,64%, 0,24 pontos dizem respeito só à alta da comida. Os itens de alimentação foram os que tiveram a maior alta na mediação do IPCA-15: 1,09%, 0,48 ponto percentual acima do aumento verificado em fevereiro (0,61%).
Contribuíram para esse resultado as altas do ovo de galinha (19,44%), do tomate (12,57%), do café moído (8,53%) e das frutas (1,96%).
Depois da comida, os itens de transportes também exerceram forte influência no IPCA-15. Eles subiram 0,92% e tiveram um impacto de 0,19 ponto no índice.
A alta foi puxada pelos combustíveis, com aumento no preço do óleo diesel (2,77%), do etanol (2,17%), da gasolina (1,83%) e do gás veicular (0,08%).
Em compensação, a inflação dos itens de habitação caiu de 4,34% em fevereiro para 0,37% em março. A alta no mês passado havia sido causada pelo fim de um desconto nas contas de luz relacionado ao pagamento do chamado bônus de Itaipu, uma distribuição dos resultados operacionais da usina hidrelétrica binacional.
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 13 de fevereiro a 17 de março e comparados os vigentes de 15 de janeiro a 12 de fevereiro.