O Laboratório de Estudos de Histórias dos Mundos do Trabalho (LEHMT), que reúne professores e estudantes do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e de outras universidades interessados nos debates e na pesquisa de temáticas relacionadas à história social do trabalho e dos movimentos sociais, realizará, a partir de maio, o minicurso de extensão “Fontes, arquivos e história social do trabalho”.
Ao todo, sete oficinas presenciais serão oferecidas pela formação. O minicurso abordará temáticas de metodologias e fontes de pesquisa no campo da história social do trabalho, com foco em arquivos, história oral e sistematização de dados. De acordo com o coordenador do LEHMT, Paulo Fontes, a formação surgiu após um curso bem-sucedido sobre “Introdução à história social do trabalho no Brasil” ministrado no ano passado.
“Neste ano, o curso vai oferecer oficinas que discutem desde o que é história pública, de como a gente pode divulgar, criar instrumentos de divulgação da história do trabalho e da história em geral para um público mais amplo; oficinas sobre arquivos, sobre a história do trabalho no Brasil, desde arquivos consagrados, como, obviamente, o Arquivo Nacional, até arquivos menos conhecidos, arquivos privados de organizações como o próprio MST [Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra], a Central Única dos Trabalhadores, enfim, arquivos de sindicatos, mas também arquivos da justiça do trabalho”, detalha Fontes ao Brasil de Fato.
As oficinas, oferecidas em dois períodos: vespertino e noturno de maio a novembro, também tratam sobre a pesquisa em acervo internacional e exploram ferramentas como o FamilySearch, para demonstrar como registros genealógicos podem revelar trajetórias profissionais, dinâmicas familiares e fluxos migratórios ao longo do tempo.
“Acreditamos muito nessa troca de saberes entre a universidade, a escola pública e os movimentos sociais. As oficinas terão uma abordagem teórica, conceitual, mas também prática, elas vão estimular que os participantes coloquem a mão na massa, troquem, pensem um pouco sobre como a história, como conhecimento histórico, como as metodologias da história, em particular da história social e, mais particularmente ainda, da história social do trabalho, podem ser importantes para vida social de uma maneira geral, para construção das identidades sociais, para memória do país”, destaca o coordenador.
As vagas para a edição presencial do curso deste ano esgotaram em menos de uma semana, o laboratório de estudos pretende oferecer uma versão on-line no futuro. A formação é uma parceria do LEHMT com o Laboratório de Conexões Atlânticas da Pontifícia Universidade Católica doRio de Janeiro (PUC-Rio) e do Núcleo de Estudos de Política e História Social da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (NEPHS-UFRRJ).