O genocídio contra o povo palestino foi denunciado em audiência da comissão de Participação Popular da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na segunda-feira (31), em referência ao Dia da Terra Palestina. A data relembra a repressão sangrenta contra palestinos que protestavam contra a ocupação israelense, em 1976.
O deputado Leleco Pimentel (PT), que propôs a reunião, criticou o papel dos Estados Unidos no apoio ao massacre palestino e defendeu o rompimento das relações do Brasil com Israel.
“Trump quer transformar a Faixa de Gaza na ‘Riviera do Oriente Médio’, como se a terra do povo palestino fosse apenas um negócio para os poderosos”, denunciou.
Denúncias de genocídio e resistência palestina
Durante a audiência, Sayid Marcos Tenório, do Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal), destacou que, desde outubro de 2023, mais de 55 mil palestinos foram assassinados, em sua maioria mulheres e crianças.
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“Israel retomou sua ofensiva genocida, destruindo hospitais e deixando milhares sob os escombros”, afirmou.
A jornalista Soraya Misleh denunciou o projeto histórico de colonização da Palestina e a cumplicidade internacional com o massacre.
“Não estaríamos vendo esse genocídio transmitido ao vivo se o mundo não fosse cúmplice”, criticou.
Ainda durante a audiência, a cineasta Rawa Alsagheer, do movimento Samidoun, lembrou que Israel tem mais de 15 mil prisioneiros palestinos em centros de detenção. “É uma política de terror contra quem resiste”, alertou.
Solidariedade e exigências ao Brasil
Para a professora Vanessa Portugal Barbosa, da Central Sindical e Popular Conlutas (CSP-Conlutas), é preciso ações concretas do Brasil.
“Não adianta apenas condenar os massacres do passado. É necessário agir agora”, afirmou.
Na audiência, a advogada Maira Pinheiro denunciou ameaças contra quem critica os crimes de Israel e cobrou medidas do governo brasileiro.
“O Brasil precisa adotar sanções e exigir vistos para israelenses, como fazem a Austrália e a Nova Zelândia”, pontuou.
A deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), também presente na audiência, reforçou a necessidade de pressão diplomática para isolar Israel. “É preciso ir além da solidariedade e intensificar as ações para impedir esse massacre.”