Com a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) marcada para novembro em Belém (PA), o Fundo Brasil de Direitos Humanos anunciou que vai investir R$ 2,5 milhões em iniciativas que fortalecem a luta por justiça climática. O valor será distribuído entre 40 projetos de povos indígenas, comunidades tradicionais, quilombolas e trabalhadores da cidade e do campo.
As doações, que variam entre R$ 50 mil e R$ 100 mil, fazem parte do edital Raízes e Labora: Fortalecendo Soluções de Povos Indígenas, Comunidades Tradicionais e Trabalhadores (as) rumo à Justiça Climática e à Transição Justa, uma parceria entre o Fundo Brasil e instituições como Laudes Foundation, Fundação Ford e Open Society Foundations.
O edital destaca a importância de soluções coletivas criadas por quem mais sofre os impactos da crise ambiental — como agroecologia, agroflorestas e energia solar —, mas que historicamente têm menos espaço nas decisões globais. Uma das organizações já apoiada é a Cúpula dos Povos, que articula movimentos no Pará para incidir na agenda da COP30.
“As propostas buscam fortalecer ações que impactem a COP30 e os anos seguintes, ampliando a visibilidade dessas iniciativas”, explica Ana Valéria Araújo, diretora executiva do Fundo Brasil.
As inscrições estão abertas até as 18h do dia 25 de abril pelo site do Fundo Brasil.