O papa Francisco, convalescente de uma pneumonia bilateral grave, fez uma aparição surpresa na Praça de São Pedro, no Vaticano, neste domingo (13), onde cumprimentou os fiéis e religiosos durante a missa do Domingo de Ramos.
O pontífice argentino, de 88 anos, apareceu sentado em sua cadeira de rodas, com um aspecto bastante saudável, sem cânulas nasais para oxigênio. Durante sua breve aparição, ele circulou pela praça e apertou a mão dos fiéis. Ele também distribuiu doces para as crianças antes de desejar-lhes um “feliz Domingo de Ramos e feliz Semana Santa” no altar em frente à Basílica de São Pedro.
O papa fez uma série de aparições surpresa nos últimos dias, sem que esses eventos constassem em sua agenda oficial. A primeira foi no domingo passado, em frente à Basílica de São Pedro. Na quarta-feira, ele recebeu o rei Charles III da Inglaterra e a rainha Camilla em uma audiência privada, apesar do encontro ter sido inicialmente cancelado.
Na quinta-feira, ele visitou a Basílica de São Pedro para ver as obras da reforma e prestar suas homenagens no túmulo de Pio X, cumprimentando fiéis e restauradores ao longo do caminho. E no sábado, ele rezou na Basílica de Santa Maria Maior, sua basílica favorita.
Em sua oração do Angelus dominical, transmitida neste domingo pelo Vaticano, o papa agradeceu aos fiéis pelas orações e pediu a paz mundial, com um pensamento especial às vítimas do desabamento da boate em Santo Domingo. O pontífice não celebrava esta oração desde 9 de fevereiro, devido a problemas de saúde e à sua hospitalização.
Durante a oração, ele também lembrou que “o dia 15 de abril marcará o triste segundo aniversário do início do conflito no Sudão, que causou milhares de mortes e forçou milhões de famílias a fugir de suas casas”.
“Não nos esqueçamos também do Líbano, onde a trágica guerra civil começou há cinquenta anos: com a ajuda de Deus, que viva em paz e prosperidade”, acrescentou.
O papa também se referiu a outros conflitos na oração. “Que a paz finalmente chegue a países atormentados como Ucrânia, Palestina, Israel, República Democrática do Congo, Mianmar e Sudão do Sul”, disse ele. O líder da Igreja Católica passou mais de cinco semanas no Hospital Gemelli, em Roma, para o tratamento da pneumonia nos dois pulmões.
Convalescendo desde seu retorno ao Vaticano, em 23 de março, ele continua debilitado pela doença, que deixou sua vida em risco e reduziu drasticamente suas atividades. Os médicos recomendaram dois meses de repouso e, apesar da melhora na saúde, nada foi decidido ainda sobre sua participação nas cerimônias religiosas da Semana Santa.