O funeral do papa Francisco, que morreu na madrugada desta segunda-feira (21), será no próximo sábado (26), às 10h no horário local de Roma (5h no horário de Brasília). O cronograma do ritual foi decidido em uma reunião de cardeais nesta terça-feira (22).
O papa morreu por insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC). Segundo a certidão de óbito, o pontífice teve um AVC, entrou em coma e sofreu um colapso cardíaco irreversível às 7h35, no horário de Roma, e às 2h35, no horário de Brasília.
De acordo com o Vaticano, no dia do funeral, será celebrada a Santa Missa Exequial, uma cerimônia fúnebre para pontífices, na Basílica de São Pedro. Em seguida, o corpo do papa segue em procissão até a Basílica de Santa Maria Maggiore, onde será enterrado.
Antes do enterro, duas etapas são cumpridas. A primeira ocorreu ainda na segunda-feira, quando a morte do papa foi anunciada e seus aposentos foram selados – e assim permanece até a escolha do novo papa.
Depois, o corpo de Francisco foi vestido com batina branca e vestes vermelhas e colocado em um caixão de madeira simples, como desejou o papa ainda em vida. Com o corpo preparado, o papa é levado em procissão para a Basílica de São Pedro, onde permanece exposto por três dias, o que deve começar na manhã desta quarta-feira (23) e terminar no sábado, no dia do sepultamento.
O papa faleceu no apartamento em que morava, na Casa de Santa Marta, no Vaticano, onde viveu desde sua eleição, em 2013. O seu quadro foi agravado por pneumonia bilateral, bronquiectasias múltiplas, hipertensão e diabetes tipo 2, e a morte foi confirmada por um exame de eletrocardiograma, de acordo com o atestado assinado pelo diretor do Departamento de Saúde e Higiene da Cidade do Vaticano, Andrea Arcangeli.
Em novembro de 2023, o papa precisou se afastar de suas atividades devido a uma gripe e inflamação pulmonar. No início de 2024, voltou a apresentar dificuldades respiratórias e precisou interromper um discurso no Vaticano, relatando estar com “um pouco de bronquite”.
A condição respiratória do pontífice piorou em fevereiro deste ano, quando novamente não conseguiu concluir um discurso e precisou ser auxiliado por um assistente durante uma missa. Poucos dias depois, foi internado para uma cirurgia considerada “complexa” pelo Vaticano. Francisco recebeu alta em 23 de março, após 37 dias hospitalizado em Roma por conta de um quadro respiratório grave.