Gostaria de colocar para nossa reflexão a questão da Tarifa Zero (TZ).
Já temos hoje 103 cidades com a medida, incluindo Fortaleza, uma grande capital e sua região metropolitana.
A maioria absoluta das prefeituras são politicamente de direita. Foi árdua a luta de Luiza Erundina para aprovar a Emenda 90, que hoje está no artigo 6º da Constituição Federal, garantindo o direito à gratuidade no transporte coletivo, assim como é o caso da educação e saúde.
Agora, Erundina, deputada federal do PSOL e ex-prefeita de São Paulo, está lutando para aprovar a Emenda 25/23 que regulamenta a Tarifa Zero, garantindo gratuidade no transporte coletivo, com controle e transparência, equivalente ao modelo do Sistema Único de Saúde (SUS), com Conselhos nacional, estaduais e municipais do Sistema Único de Mobilidade (SUM).
Temos que intensificar o trabalho junto ao povo pobre e trabalhador que gasta hoje 15% da renda com transporte, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Temos que pressionar os deputados federais e senadores pela aprovação antes das eleições de 2024. Temos que fazer incluir a pauta nos programas dos candidatos a prefeito e vereadores.
Proponho para a massificação da luta pela implantação da Tarifa Zero, que partidos, movimentos sociais, estudantis, sindicais, populares tratem a TZ como transversal em todas as suas áreas de atuação.
A Tarifa Zero, que parecia uma loucura estudantil em 2013, hoje é realidade sem retorno, veio para ficar!!!!
A implantação da Tarifa Zero em Caetés (MG), é um bom exemplo do que está ocorrendo nas pequenas, médias e grandes cidades / Giorgia Prates
*Professor aposentado da UFPR, Conselheiro Titular do CONCITIBA e autor do livro “Movimento Popular e Transporte Coletivo em Curitiba, 2006, CEFURIA.
Contato: [email protected]. Br
**As opiniões expressas nesse texto não representam necessariamente a posição do jornal Brasil de Fato.