O Governo do Paraná segue com a sua intenção de privatizar já no ano que vem a sua empresa de banda Larga, Copel Telecom. Enquanto o processo avança, sindicatos denunciam restrições das possibilidades de participação popular na única audiência pública programada.
A decisão de vender a subsidiária foi referendada pelo Conselho de Administração da Copel (CAD), que aprovou, por unanimidade, a proposta de a Companhia Paranaense de Energia (Copel) se desfazer da Telecom, que é avaliada como a de melhor serviço do país.
A empresa já iniciou os preparativos para entregar a Telecom ao mercado. O CAD informou, no último dia 7, “a abertura de um Virtual Data-Room, envio do processo completo para análise pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná e agendamento e realização de uma audiência pública virtual sobre o Desinvestimento, a ser operacionalizada em conjunto com a B3 S.A. – Brasil, Bolsa, Balcão".
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Em comunicado dirigido ao mercado, a empresa anunciou que a audiência pública, o único mecanismo de participação popular no processo, será "fechada e com participação restritiva”. De acordo com o aviso, o evento no próximo dia 19 será virtual e a interação só poderá ser feita com perguntas enviadas previamente por e-mail.
“A participação é aberta a todos os interessados, mediante preenchimento do formulário disponível em www.tvb3.com.br. Os interessados poderão encaminhar perguntas por escrito previamente à sessão pública para o endereço eletrônico [email protected]”, informa.
No entanto, ao clicar no link fornecido no comunicado (em 11 de agosto), ainda não existe a opção de se inscrever para a audiência pública, o que dificulta ainda mais a participação da sociedade, na avaliação de Leandro Grassmann, presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR).