Centenas de pessoas se concentraram na tarde do último sábado (20) na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, para mais um ato unificado em defesa da democracia. Este é o segundo movimento puxado pelas mulheres em todo o país depois do #EleNão que aconteceu no dia 29 de setembro. Os dois atos se referem a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), que segundo o movimento Mulheres Unidas Contra Bolsonaro representa uma ameaça ao Estado Democrático de Direito.
Por isso, para Luana Carvalho, da direção nacional dos Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o ato simboliza um projeto de sociedade que hoje é representado pela candidatura de Fernando Haddad (PT). "A gente precisa lutar e virar esse jogo, é Bolsonaro não, mas Haddad Sim!", disse.
O presidente da CUT-RJ, Marcelo Rodrigues, concorda e acrescenta que é preciso "virar o jogo, senão será o fim da classe trabalhadora".
Depois da concentração marcada para às 15h na Cinelândia, os manifestantes saíram em marcha em direção à Lapa. Com muitas faixas e cartazes com mensagens contra o candidato do PSL e seu aliado que disputa o governo do Rio, Wilson Witzel (PSC).
A militante do MST, Lucinéia Freitas, destaca o caráter popular do ato "que não é um comício, mas sim uma mobilização que envolve todas as tribos e grupos em uma luta bonita na rua dizendo que não quer o retrocesso". Também estava presente a frente Torcedores pela Democracia, dos principais times de futebol carioca. Eles fizeram uma concentração mais cedo na Uruguaiana.
No trajeto, não faltaram palavras de ordem em defesa da democracia e homenagens à vereadora Marielle Franco (Psol), que foi brutalmente assassinada em março deste ano, um crime que continua impune.
No início da noite, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Levante Popular da Juventude e Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), abriram uma faixa sobre os Arcos da Lapa “Haddad 13 Presidente”. "O que está em ameaça hoje são os direitos dos trabalhadores e também conquistas civis fundamentais como a democracia e a participação popular", comenta Leonardo Maggi, do MAB.
Outras cidades do estado como Magé, Nilópolis, Cachoeira de Macacu, Cabo Frio e Volta Redonda também tiveram mobilizações populares a favor da chapa de Fernando Haddad e sua vice Manuela D'Ávilla (PCdoB), pela garantia de direitos e pela democracia. Em Niterói (RJ), centenas de pessoas se manifestaram na orla da praia de Icaraí. Em faixas e palavras de ordem, o alerta foi um só: "ditadura nunca mais".