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RESISTÊNCIA

Após ter lavoura destruída, MST inaugura Centro de Produção Agroecológica no local

Acampamento que existe desde 2015, no Paraná, foi alvo de um ataque realizado por capangas na última sexta-feira (02)

05.jul.2020 às 12h08
São Paulo (SP)
Redação

Comunidade do assentamento Valdair Roque realiza marcha até a área da lavoura destruída por capangas na última sexta (04) - Alan Bruno Ferreira e Diego Ferreira / MST-PR

Um dia após terem suas lavouras destruídas por um grupo de homens armados, as famílias sem-terra do acampamento Valdair Roque inauguraram, na tarde desse sábado (04), no local, o Centro de Produção Agroecológica Pinheiro Machado. Além das 50 famílias da comunidade, localizada no município de Quinta do Sol, no Paraná, também estiveram no local moradores da cidade, religiosos, entidades e outros movimentos sociais, em solidariedade aos agricultores.

O nome do espaço homenageia o professor Luiz Carlos Pinheiro Machado, que faleceu na quinta-feira (02), aos 91 anos. Pinheirão, como costumava ser chamado, foi um grande cientista e propagador da agroecologia e dos ideais socialistas, crítico da agricultura capitalista. “É uma homenagem ao nosso grande cientista da agroecologia e grande defensor comandante da agroecologia no Brasil, o camarada Pinheiro Machado”, diz José Damasceno, integrante da direção estadual do MST.

Na inauguração do centro de produção, em uma área com cerca de um alqueire (24 mil metros quadrados), os camponeses e camponesas plantaram pés de banana e utilizaram plantadeiras manuais para semear feijão crioulo. Segundo a coordenação da comunidade, a continuidade da produção agroecológica será uma ação coletiva e permanente das famílias, e servirá para garantir o autossustento e participar das ações de solidariedade do MST na região, assim com a horta comunitária, criada no início de maio.

:: "Somos a prova de que é possível": acampamentos do MST são referência em agroecologia ::

Antes do início do plantio, o Padre José Carlos Kraus, da Paróquia São Judas Tadeu, que abrange o acampamento, resgatou o histórico de conflitos na área e defendeu a permanência das famílias no local: "Desde da ocupação da Fazenda Catarina, as famílias sem-terra vêm produzindo comida em terras onde só havia cana. É preciso ser solidário a esse povo, e cabe ao Estado pensar em uma forma de acabar com esses conflitos agrários e organizar um projeto de distribuição de terras".

A Fazenda Catarina, onde está localizada a comunidade, é de propriedade da Usina Sabarálcool, que acumula grande passivo jurídico, com 964 ações trabalhistas somente na Comarca de Campo Mourão.

O descumprimento da função social das relações de trabalho levou o Incra a manifestar interesse na área para destinação à Reforma Agrária, conforme prevê a Constituição Federal. No mesmo sentido, existe uma recomendação do Ministério Público Federal desde 2018 para que o Incra intervenha junto a esse conjunto de ações e execuções trabalhistas para adquirir e destinar a famílias acampadas.

“A nossa reivindicação, a nossa exigência, é que o juiz trabalhista autorize o Incra a fazer o assentamento e que a União pague as ações trabalhistas dos trabalhadores”, reforça José Damasceno.

No ataque ocorrido na última sexta-feira (03), um dos proprietários da área, Victor Vicari Rezende foi até o local acompanhado por capangas armados – alguns encapuzados, segundo relatos de moradores da comunidade – e dois tratores, com o objetivo de destruir as lavouras em fase de colheita plantadas pelas famílias sem-terra.

Silvano Gomes Barroso, 46 anos, que vive na comunidade com a esposa e duas filhas desde o início do acampamento, em 2015, lamenta o episódio ocorrido e demonstra preocupação com a segurança da comunidade. Ainda assim, ele reafirma a importância do espaço na luta pela reforma agrária.

 “Estamos vivendo da terra hoje e é muito importante a gente estar aqui. Estamos com mais 50 famílias residindo na [fazenda] Catarina, e nós todos estamos sobrevivendo da terra, todos firmes lutando por um pedaço de terra. Aqui vivemos bem melhor que na cidade […]. Estamos aqui apreensivos porque ontem fomos surpreendidos pelo que se diz dono da fazenda com um pessoal armado, ameaçando nós. Mas nós estamos aqui firmes e fortes”, diz.

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Ações solidárias do MST na pandemia

O acampamento Valdair Roque tem garantido produção de alimentos para o consumo das próprias famílias sem-terra e também para doações à população da cidade em meio à pandemia do novo coronavírus. Em maio, as famílias participaram de uma doação de 1.500 quilos de produtos, que foram entregues à Santa Casa e ao Comitê de Apoio às Pessoas em Situação de Risco Social do campus de Campo Mourão da Universidade Estadual do Paraná (Unespar).

Uma horta comunitária orgânica foi iniciada na comunidade no dia 2 de maio para garantir a continuidade das doações. Ao todo, 15 acampamentos do Paraná criaram hortas com este mesmo objetivo. Uma delas, localizada em Clevelândia e mantida pelas comunidades Mães dos Pobres e Terra Livre, realizou sua primeira doação no mesmo dia da destruição das lavouras em Quinta do Sol. A doação foi de 1.500 quilos, destinada a famílias indígenas, um Lar de Idosos e famílias urbanas de Pato Branco.

Essas ações fazem parte da campanha nacional de solidariedade do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), criada para combater a “pandemia da fome” neste momento de emergência sanitária, como comenta Keli Mafort, da coordenação nacional do MST, em entrevista ao Brasil de Fato. Em todo o Brasil, 2.300 toneladas de alimentos foram distribuídas pelo movimento.

No Paraná, 248 toneladas de alimentos já foram doados por cerca de 100 acampamentos e assentamentos. Um coletivo formado por militantes do MST, amigos e voluntários também produz 700 marmitas todas as quartas-feiras em Curitiba, desde o início de maio. Pelo menos 600 máscaras de tecido também foram costuradas por agricultoras sem-terra e distribuídas à população urbana.

*Com informações de Ednubia Ghisi.

Editado por: Luiza Mançano
Tags: mst
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