A Rede Bandeirantes de Televisão cumpriu um papel patético quando realizou um debate para presidente sem a presença do presidenciável Lula. Patético.
Mas cumpriu bem o script do golpe. O debate foi articulado, direcionado para fazer palanque para o candidato Tucano, o insosso Geraldo Alckmin. Terminou servindo para um cabo e um capitão de tendências fascistas.
Com exceção de falas corajosas do candidato Guilherme Boulos e algumas explicações técnicas, consistentes de Ciro Gomes, o resto foi a expressão máxima do nível político precário em que chegou o Brasil do golpe.
Resumindo o teatro circense antidemocrático da noite:
Seis candidaturas absolutamente comprometidas com o truculento desmonte do Estado Brasileiro levado a cabo pelo governo golpista de Michel Temer. Assim divididos:
- Dois golpistas, candidatos a Czares Russos, militares fundamentalistas, que se dizem cumprir missões divinas nessa eleição, apostando captar votos no eleitorado mais despolitizado e desinformado, com discursos do século XIX.
- Dois golpistas, coringas do neoliberalismo tacanho. Cínicos, representantes máximo da corja privilegiada deste país. O representante tucano e o banqueiro, responsáveis diretos, sem intermediários, pela situação do Brasil dos anos 90 e de hoje.
- Uma golpista, de origem popular, engolida, digerida e vomitada para defender os interesses elitistas.
- Um golpista moralista, defendendo a barbárie jurídica em curso. Sem noção do ridículo oportunismo pegando carona na Lava Jato, sem observar os abusos e privilégios do judiciário.
Não sei as justificativas apresentadas pela Band para o representante do PT, seja Lula ou Fernando Haddad, não estar no debate. Seja qual for é impossível convencer.
Ficou muito clara a razão: MEDO DA DEMOCRACIA
A mim, o debate deixou uma evidencia. Eleições sem Lula no Brasil hoje é uma enorme fraude. É uma mentira.
Calar diante dessa realidade é acovardar-se perante a História. As futuras gerações nos cobrarão.
As elites brasileiras apenas comprovam seu pavor da Democracia. Sempre foi assim. Ditadura, militar ou judicial como vivemos hoje são atalhos seguros para manterem seus privilégios.