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Censo

Com nova categoria “negro(a)”, censo argentino será realizado após fim da pandemia

Pelo menos 150 países adiaram o censo 2020, segundo o Fundo de População das Nações Unidas

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29.jan.2021 às 17h07
Buenos Aires (Argentina)
Fernanda Paixão

Resultados da etapa pré-censal ainda serão publicados, com levantamento sobre quantidade e tipos de moradias existentes no país. - IPEC Misiones

A maioria dos países realiza o censo demográfico a cada 10 anos, em anos terminados em zero. Com a pandemia, os censos de 2020 foram postergados, em alguns casos, sem previsão de nova data. Segundo o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), 150 países realizariam o próximo censo em 2020 ou 2021.

É o caso da Argentina que, por decreto, determinou que o Censo Nacional de População, Habitação e Moradia será realizado após o fim da emergência sanitária. Postergado por pelo menos um ano segundo o decreto, publicado 12 de março de 2021, o Instituto Nacional de Estatística e Censo da Argentina (Indec) terá o prazo de 60 dias posteriores ao fim da pandemia para estabelecer a nova data.

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O próximo censo argentino terá duas importantes incorporações nos questionários: identidade de gênero do entrevistado e a categoria negro(a) na seção sobre reconhecimento e pertencimento étnico-racial.

Apoio digital

Apesar do alcance limitado, o UNFPA recomenda aos países o uso de questionários virtuais para apoiar a realização do censo demográfico.

O diretor do Indec, Marco Lavagna, anunciou o lançamento de uma ferramenta digital para complementar a realização da pesquisa domiciliar decenária.

"É uma incorporação nova, que permitirá que as distintas pessoas possam responder ao questionário de maneira virtual como um complemento à operação presencial ", explicou Lavagna. "Isso irá gerar uma maior qualidade do dado e nível de resposta."

O censo reúne dados importantes que permitem direcionar políticas públicas segundo a realidade do país. A pesquisa revela estatísticas sobre número de habitantes, moradia, classe, gênero, raça, entre outros.

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Durante 2020, o Indec trabalhou no que o instituto denomina como tarefas de gabinete, para preparar a fase do pré-censo nacional de moradias, parte do Arquivo de Domicílios da Argentina. Esta etapa consiste em um levantamento da quantidade e tipos de moradias existentes no país. Além disso, o instituto preparou o desenho dos questionários e dos sistemas informáticos que serão utilizados para a realização do censo.

Censo incluirá categoria para pessoas negras

A inclusão da categoria "negro/negra" no censo demográfico argentino foi fruto do debate e militância dos movimentos negros do país. A discussão sobre essa leitura étnico-racial no país não foi uma opinião unânime nos movimentos, uma vez que o termo é controverso na Argentina.

A palavra "negro" é amplamente utilizada na Argentina de forma pejorativa, como adjetivo direcionado a situações e, principalmente, a pessoas. Este uso dificulta a construção subjetiva das pessoas negras no país e, consequentemente, do autorreconhecimento.

:: Saiba mais: Argentina é condenada por racismo pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ::

A brasileira e antropóloga social Denise Braz foi a primeira pessoa negra a receber o título de mestre da faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Buenos Aires (UBA). Dedicou sua pesquisa à história dos afrodescendentes na Argentina, e aprofundou-se sobre o papel do censo para invisibilizar a população negra no país.

"Graças ao censo, foi possível invisibilizar e negar a população afrodescendente de maneira legal. Não contabilizadas no censo, essas pessoas de fato não existem para o Estado. Daí criou-se o mito de uma Argentina culturalmente europeia e fenotipicamente branca", pontua Braz.

Integrante da militância organizada na Argentina, ela conta que foi uma das pessoas que votaram contra a inclusão da categoria "negro(a)" no censo. Ressalta que, do contrário do Brasil, a Argentina ainda não conta com leis específicas que criminalizem o racismo e que o termo carrega uma forte conotação negativa no país.

"Foram debates acalorados, mas, de uma maneira democrática, foi decidido que a categoria 'negro(a)' seria incluída no próximo censo. Vamos provar, acho vale a pena. Estamos na construção do nosso movimento, e é um direito nosso construir essa caminhada", afirma Braz.

A história do censo argentino

Pela primeira vez, em 2010, o censo demográfico da Argentina considerou a ascendência africana dos habitantes do país, com a categoria mais ampla "afrodescendente". Historicamente, não foi o único grupo social excluído das estatísticas nacionais, os povos originários foram incluídos no censo argentino apenas em 2001.

"Para nós, é importante manter essas perguntas e algumas incorporações que fizemos para acompanhar a evolução", aponta Lavagna, diretor do Indec. "A missão do instituto é ter um retrato preciso do país através dessa operação. Depois, cada um poderá tomar decisões em função desta informação, disponível aos setores público e privado", concluiu.

O primeiro censo nacional da Argentina foi realizado em 1869. Até o último censo, de 2010, o procedimento realizava o levantamento da população "de fato", no qual registra o local determinado onde a pessoa entrevistada se encontra no momento do censo. No próximo censo, será utilizado o levantamento da população "de direito", ou seja, onde residem habitualmente.

Em 2010, sob o governo da atual vice-presidenta do país, Cristina Fernández de Kirchner, o censo passou a aprofundar temáticas sobre os povos originários e a reconhecer famílias com casais do mesmo sexo. A leitura sobre a sociedade argentina no censo foi acompanhada de outra conquista no mesmo ano, a Argentina foi pioneira na América Latina em aprovar a lei do casamento igualitário, no dia 15 de julho de 2010.

Editado por: Marina Duarte de Souza
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