Nas finais do Campeonato Mineiro de 2021, o América mostrou que está forte, organizado e capaz de encarar de igual para igual qualquer time do Brasil.
O Coelho simplesmente não perdeu do time de maior investimento do país na fase decisiva. Foram dois empates, com o América, inclusive, tendo jogado melhor boa parte dos jogos e tendo chances reais de vencer – notadamente no pênalti desperdiçado por Rodolfo e no pênalti claro não marcado pelo árbitro, nos acréscimos do segundo tempo.
Com a vantagem adquirida na primeira fase – ajudada, como bem lembrou Lisca, pelas inversões de mando de campo que fizeram o Atlético jogar só duas partidas fora de casa – o título ficou com o Galo. Mas, pelos dois jogos da final, por essa vantagem mentirosa, pelo pênalti não marcado e pela absurda diferença de investimentos, a comemoração dos galináceos foi até meio envergonhada.
América mostrou que está forte, organizado e capaz de encarar qualquer time do Brasil
Já o América sai de cabeça erguida. Cresceu ao longo da competição e caiu em pé, demonstrando que conseguiu retomar o padrão e a segurança da temporada passada e que está bem preparado para o principal objetivo do ano: a permanência na Série A.
Na seleção do Mineiro escolhida pelo GE, Anderson, Juninho, Alê e Rodolfo foram escalados. De fato jogaram bem, mas novamente o grande triunfo do América não foi individual, foi a organização em campo, a marcação em blocos, a obediência tática, a segurança defensiva e a dedicação coletiva. Ou seja, o técnico Lisca – equivocadamente fora da lista dos melhores do Mineiro – mais uma vez merece nosso reconhecimento.
Que venha a Série A e a sequência da Copa do Brasil 2021, para o América definitivamente mostrar que virou um time da prateleira de cima do futebol brasileiro.