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Fundamentalismo

Artigo | A manipulação reacionária e a mentira voltam a atacar no Ceará

Interessa à extrema-direita um ambiente digital de proliferação de farsas que não passem pelo crivo da realidade

03.jul.2021 às 15h31
Fortaleza (CE)
Renato Roseno
As fake news vêm se tornando um dos temas mais debatidos mundialmente, depois do suposto impacto que tiveram na eleição de Trump nos EUA

As fake news vêm se tornando um dos temas mais debatidos mundialmente, depois do suposto impacto que tiveram na eleição de Trump nos EUA - Reprodução

Na transição dos anos 1980 para os anos 1990, filósofos como Pierre Levy buscavam compreender fenômenos como a ascensão da internet e do ciberespaço e suas repercussões no pensamento e na sociabilidade. Havia, naquele momento, um certo otimismo em relação às promessas anunciadas pela cultura digital em relação ao advento de uma “inteligência coletiva”.  

Três décadas depois, o que era esperança virou, em muitos aspectos, uma distopia. Ao contrário de uma grande “inteligência coletiva”, emancipadora e libertária, o mundo da internet assistiu ao recrudescimento da intolerância e dos discursos de ódio. E também à consolidação das bolhas ideológicas, que ditam o que as pessoas consomem do ponto de vista das ideias, muitas vezes ampliando e radicalizando preconceitos.  

Esse ambiente acabou se tornando o terreno preferido da extrema-direita, em muitos países e também no Brasil. Em primeiro lugar, porque é um ambiente que facilita a produção das chamadas “fake news”. Em segundo lugar, porque os reacionários e os fundamentalistas sabem que as plataformas das redes sociais são marcadas pelo hiperindividualismo, que fragmenta a experiência de socialização e “customiza” o consumo de informações.

::Livro popularizado pela fake news de Bolsonaro sobre "kit gay" faz 20 anos::

Não à toa, esses extremistas passaram a atacar valores e instituições democráticas como a imprensa livre e o bom jornalismo – cada vez mais importantes no combate à indústria de desinformação.

Interessa à extrema-direita um ambiente digital de proliferação de farsas que não passem pelo crivo da realidade, que não sejam submetidas a nenhum expediente de apuração e de contraditório. Com isso, ela consegue criar e disseminar teorias conspiratórias as mais esquizofrênicas e surreais. 

Uma “teoria” recorrente nesse terreno do delírio digital dos reacionários é a de que existe uma ditadura “gayzista”, “comunista”, “globalista” etc que quer subverter os valores “familiares” e “cristãos”. Seria risível não fosse trágico. Sim, porque muita gente acaba acreditando nesses disparates e isso vai tornando a sociedade mais polarizada, mais manipulada e mais violenta. 

Vejamos um exemplo recente que está ocorrendo na Assembleia Legislativa do Ceará e que é típico desse modus operandi da extrema-direita. Recentemente, o governador enviou um projeto de lei institucionalizando o Programa Ceará Educa Mais (mensagem 72/2021). Nosso mandato, como sempre, buscou propor emendas que aprimorem o texto. É nossa função parlamentar. Por isso, apresentamos uma emenda (emenda 3) incluindo a educação do campo entre as diretrizes dessa política. 

A emenda que acrescentamos diz: “XXII — Educação contextualizada para a convivência com o semiárido: orientar práticas educacionais e pedagógicas emancipatórias, ancoradas na realidade local, considerando as dimensões social, cultural, econômica, ambiental e política, para contribuir com o desenvolvimento sustentável do semiárido, a promoção da equidade e igualdade étnico-racial e de gênero e a formação de uma cultura de paz (…)”

O fundamentalismo não suporta a ideia de equidade e quer retirar essa e qualquer outra menção ao termo “gênero” na lei. Aí distorce, mente e manipula. Uma deputada ligada ao fundamentalismo religioso, de forma vil e covarde, ao modo típico do bolsonarismo e seus apoiadores, distorceu o conteúdo da emenda e espalhou nas redes uma série de mentiras sobre nossa proposta. 

Leia também: Concurso para oficial da FAB traz redação sobre linguagem neutra, e juíza se revolta

Mas por que, afinal, essa gente se incomoda tanto com a equidade de gênero? Por dois motivos: seu projeto de sociedade é machista e lgbtfóbico. Eles não toleram uma sociedade plural, diversa, com igualdade de direitos. Em vez disso, se utilizam do preconceito e do discurso de ódio para aglutinar e mobilizar suas bases de seguidores contra o “inimigo” da vez, sempre uma fantasmagoria delirante contra a qual eles direcionam suas piores energias. 

O fato é que esses reacionários fundamentalistas não têm o que oferecer para a população em termos de políticas sociais e econômicas e apoiam um presidente decadente e corrupto. Por isso, recorrem à manipulação e à mentira como estratégia central de atuação. Estranhamos quem usa da fé – que deveria apoiar a fraternidade e amor – pra disseminar ódios. Pior que isso: o pânico gerado por esses sepulcros caiados tem exclusiva intenção de angariar votos para seus projetos de poder individuais. 

*Renato Roseno é deputado estadual no Ceará pelo PSOL

**Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato

Editado por: Monyse Ravena e Rebeca Cavalcante
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