A Frente de Organização dos Trabalhadores (FORT), criada em 2023, organizada na campanha Despejo Zero do Paraná, e que organiza hoje quatro comunidades, nos bairros Tatuquara e
Com a presença de padre Parron e dos Redentoristas, foram realizadas no sábado (24) assembleias nas áreas de ocupação Ilha (também chamada de vila Xisto), vila União e Pontarola. Em pauta, a participação na audiência do dia 7 de março, de luta das mulheres da ocupação e de negociação com a Comissão de Mediação de Conflitos Fundiários do Tribunal de Justiça do Paraná.
Entre as pautas, está também o fortalecimento das cozinhas comunitárias. Na mesma semana, foi inaugurada cozinha comunitária na vila União.
De acordo com Professora Márcia, liderança da Vila União: "nós ajudamos mesmo se a nossa área não está na mira (do despejo), porque quando estiver a gente sabe que outras áreas vão fortalecer a gente", afirma.
Na mesma tarde de sábado, foram entregues cestas básicas, em ação de solidariedade com as famílias.
O FORT realizou trabalhos de solidariedade nas comunidades Ilha, Pontarola e União / Pedro Carrano
O sentido desse trabalho é o de construir uma organização popular que se movimente a partir das necessidades da população:
"Participar diariamente na vida orgânica da comunidade é crucial para o trabalho do FORT, pois mantém o grupo sintonizado com o que é essencial na vida dos moradores: suas necessidades, suas dificuldades e suas conquistas. Com isso em mente, torna-se possível traçar estratégias, planejar ações e promover diálogos coerentes com as experiências cotidianas da comunidade. É essencial para os movimentos sociais manterem-se conectados com as comunidades, pois essa presença é o que garante a construção de relacionamentos significativos com as pessoas", avalia Aurelio Rodrigues, integrante do FORT e redentorista.
Ao lado disso, a percepção de que as áreas de ocupação têm problemas gerais, no entanto também apresentam características e particularidades:
"Que o movimento esteja sempre alinhado e contextualizado com o território em que atua. Isso proporciona representatividade, uma vez que os moradores se tornam protagonistas, tanto em seu território quanto quando é necessária uma mobilização para os centros urbanos ou em conjunto com outras comunidades", afirma.
É essencial para os movimentos sociais manterem-se conectados com as comunidades / Pedro Carrano