Mais uma edição da série de seminários sobre a neoindustrialização brasileira, organizado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), acontece nesta terça-feira (30), na sede da Finep, que fica na Praia do Flamengo, número 200, no 1º andar, no Rio de Janeiro, em formato híbrido. Pela manhã, o evento debateu a Base Industrial de Defesa e Segurança.
Para Ronaldo Carmona, assessor da diretoria de Inovação da Finep e professor de Geopolítica da Escola Superior de Guerra (ESG), investir em Defesa é o que de fato coloca países em posição de lideranças globais, que apontam os principais debates e impulsionam a economia e o desenvolvimento social a partir do setor.
Também participaram do debate William Rospendowski, superintendente da Finep; Perpétua Almeida, diretora da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI); e Fábio Borges, diretor do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC).
Com amplo histórico de contribuições como parlamentar, Perpétua afirmou que a indústria da Defesa precisa ir além do armamentismo, e adotar uma visão estratégica. “Defesa é pilar básico de qualquer país central e impacta outros setores, quando se tem protagonismo mundial. Não falo arma, revólver. Falo de tecnologias estratégicas de soberania, como satélites que monitorem florestas e mares”, destacou.
A partir das 14h, o tema em debate será o financiamento da inovação e capacitação de Recursos Humanos (RH). Os convidadas serão José Luis Gordon (BNDES), Elias Ramos (Finep), Hudson Mendonça (MIT Technology Review), Daniel Conceição (UFRJ) e Debora Foguel (ABC).
Desenvolvimento
A série de seminários temáticos sobre “Neoindustrialização em novas bases e apoio à inovação nas empresas” servirão de subsídio para a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), que vai ocorrer em junho de 2024, com o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil Justo, Sustentável e Desenvolvido”.
A primeira edição da série de seminários produziu algumas recomendações para serem debatidas na 5ª CNCTI. Entre elas estão: um mapeamento de toda a cadeia de pesquisa e produção de novos fármacos, de modo a promover uma atuação integrada sobre todo o processo; o financiamento de uma infraestrutura para pesquisa de última geração, para tornar o salto tecnológico uma realidade; contemplar a alternativa das compras públicas para produtos e processos na área de saúde; e capacitar mão de obra adequada à tecnologia implantada na produção de fármacos.
*Com informações da Finep