Comunidades e áreas de ocupação de Curitiba e região metropolitana estão em ritmo de preparação e assembleias para participação no ato do dia 20 (quinta), com concentração às 12h30h, em frente à Assembleia Legislativa do Paraná, e ato às 13 horas.
Neste dia, às 14 horas, as comunidades da campanha Despejo Zero realizam nova audiência com o poder público, em mesa de negociação com presença da Comissão de Soluções Fundiárias do Tribunal de Justiça (TJ-PR), Defensoria Pública do Estado, Ministério Público, Superintendência Geral de Diálogo e Interação Social do governo do Paraná (Sudis), entre outros atores, além do convite a prefeituras, de Curitiba a região metropolitana.
Mobilização e diálogo
Assembleias e reuniões têm acontecido em diversas áreas, caso da vila Pantanal, União, Pontarola, Fortaleza, 29 de Janeiro, entre outras comunidades.
Antes da audiência pública, será realizado ato, às 13 horas, por moradia, por "despejo zero", contra a criminalização das ocupações, dos ocupantes, com um dos motes de que "Lutar não é crime!", além da ideia que vem sendo trabalhada desde a pandemia, "Por Terra, Trabalho e Teto", em unidade entre movimentos do campo e da cidade, passando pelo movimento indígena e ocupações estudantis e de espaços públicos.
No entendimento das lideranças, é preciso o direito de permanecer nas áreas, com condições, além de não haver criminalização contra os moradores de ocupações.
“Fundamental diante dos projetos de lei recentes propostos pelo Ratinho Jr e sua base de apoio. Essa proposta representa uma ameaça para as pessoas que estão em situação vulnerável. Há risco de criminalizar os moradores das comunidades. Campanha Despejo Zero organizou um ato para combater essa injustiça", afirma Daniel Igor da Silva, uma das lideranças da associação de moradores e da comunidade 29 de Janeiro, no Uberaba.
“Precisamos lutar pela nossa moradia e pelas nossas crianças. O aluguel está muito caro”, afirma a moradora da vila União, Adriane, que trabalha com impressão de documentos e é moradora da Vila União, no bairro Tatuquara.
Adriane já está na fase da construção da casa de material, trabalha e busca viver definitivamente na região.