Os sindicatos dos servidores municipais de Curitiba devem levar o debate sobre o reajuste da categoria para a Câmara Municipal. O índice da data-base deste ano será de 4,42%, equivalente à inflação do período (medida pelo IPCA). A gestão Greca alega que este índice não pode ser maior porque é um ano eleitoral e fim de mandato. Por outro lado, em assembleias, a base decidiu a necessidade de levar aos vereadores uma proposta que garanta valorização salarial, com a possibilidade de ganho real.
O projeto de lei da data-base será encaminhado à Câmara Municipal em regime de urgência, abrangendo servidores da ativa, aposentados e pensionistas, e seus efeitos serão retroativos a 1º de novembro. Nele está o limite do reajuste. Nas redes sociais, antes de viajar, o prefeito Rafael Greca celebrou a proposta.
“Com respeito aos nossos servidores municipais, anuncio a recomposição salarial para 2024, fixada em 4,42% — índice que repõe as perdas inflacionárias medidas pelo IPCA/IBGE entre outubro de 2023 e setembro de 2024. Este anúncio, feito na data-base dos trabalhadores, é um compromisso com a valorização de nossos 46,3 mil servidores, incluindo ativos, aposentados e pensionistas. A recomposição salarial entra em vigor no próximo 1º de novembro e será ajustada para contemplar o 13º salário, podendo ser paga até dezembro”, disse o prefeito.
O projeto ainda não foi aprovado na CMC, devendo ser votado nos próximos dias. Portanto, o funcionalismo projeta fazer emendas. Segundo o Sismuc, assim que o projeto de lei for enviado votação na Câmara Municipal, os servidores e as servidoras serão convocadas para um ato, mostrando a importância de um reajuste que contempla as demandas dos trabalhadores.
“Reivindicar dignidade e um salário justo é o caminho para fortalecer a categoria e a valorização de todos. A participação e união de cada servidor é essencial”, reforça o Sindicato.
O Sismmac também realizou uma live com a categoria. Segundo a presidente da entidade, Diana Abreu, “temos grandes lutas pela frente. Esclarecemos que a data-base está sendo encaminhada (à CMC) e, seja qual for o índice, ele será pago em dezembro retroativo a outubro. Na sequência a gente vai organizar assembleia e mobilização para deixar claro que está terminando uma gestão que não garantiu ganho real nos últimos oito anos”, rememora.
Já o Sigmuc destacou que está acordado ainda que a data-base dos servidores vai para o mês de março a partir de 2025. Essa era uma das reivindicações da entidade e solicitou uma reunião com a comissão de transição da gestão municipal quando ela for instituída.