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Política

Aldo Fornazieri: Governo Temer deve jogar um “peso brutal no ombro dos trabalhadores”

Para professor, impeachment dá descrédito à democracia brasileira

12.maio.2016 às 18h35
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h35
São Paulo
José Eduardo Bernardes
Professor da Fesp acredita que haverá um esfriamento das relações entre o Brasil e os demais países

Professor da Fesp acredita que haverá um esfriamento das relações entre o Brasil e os demais países - Professor da Fesp acredita que haverá um esfriamento das relações entre o Brasil e os demais países

O afastamento da presidenta Dilma Rousseff do governo foi definido pelo Senado nesta quinta-feira (12), em votação que durou 21 horas. Foram 55 votos favoráveis à abertura do processo de impeachment e 22 votos contrários. Com a saída de Dilma, Michel Temer assume o governo interinamente. Para o professor da Faculdade de Sociologia e Política de São Paulo (Fesp), Aldo Fornazieri, um governo do peemedebista significará um “peso brutal no ombro dos trabalhadores”. 

Em entrevista ao Brasil de Fato, o professor disse acreditar que a decisão de prosseguir com o impeachment na Câmara dos Deputados, no dia 17 de abril, e no Senado nesta quinta, demonstra “um descrédito da democracia brasileira e um descrédito do Brasil perante a opinião pública internacional”.

Os partidos e movimentos sociais ligados à esquerda terão “que se refazer”, aponta Fornazieri. “O papel da esquerda é muito mais junto à população, fazendo trabalho de base, do que pensando em eleições. Porque direitos se garantem com luta e na rua”, completa o professor.

Confira a entrevista:

Brasil de Fato: A imprensa internacional tem sido categórica em afirmar que o processo de impeachment tem aparência ilegal. Quais os impactos nas relações internacionais brasileiras com o afastamento da presidenta?

Aldo Fornazieri: A imprensa internacional está dizendo que quem julgou a Dilma são deputados e senadores que têm acusações muito mais graves do que ela. Eles estão vendo que o processo é crivado de ilegalidades, que no fundo é um golpe parlamentar e em parte um golpe jurídico também, porque o judiciário contribuiu muito para esse desfecho da crise. Então, acho que há um descrédito da democracia brasileira e um descrédito do Brasil perante a opinião pública internacional, a partir do momento que eles percebem que esse processo é um processo no qual se reúne um condomínio de corruptos para derrubar uma presidente.

Haverá um esfriamento das relações. Mas é preciso que as políticas de Estado continuem sobrevivendo, afinal de contas, esse governo será temporário. Ele passará, virá outro governo, um governo legítimo e assim por diante. 

Michel Temer já arquitetava seu governo há algum tempo e já havia lançado um plano de governo, a “Ponte para o Futuro”, com cortes nos direitos trabalhistas, por exemplo. Como será esse governo e quais os impactos de suas medidas para o Brasil?

Todo mundo está na expectativa [sobre o governo Temer]. O futuro ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, aparentemente, ele pediu autonomia na sua gestão econômica, caso contrário, ele não aceitaria. Então os olhos devem estar muito mais voltados para o Meirelles, do que para o próprio Temer. Se ele de fato conseguiu essa autonomia, o que ele irá fazer? O que se sabe é que será emergencial medidas com relação ao déficit fiscal, não tem como escapar disso. Em parte, o governo Dilma ficou paralisado porque ela não tomou medidas contundentes em relação ao déficit fiscal. 

O que se teme é que Meireles vá jogar o peso brutal do ajuste fiscal no ombro dos trabalhadores. Porque Michel Temer fez um pacto com a FIESP [Federação das Indústrias do Estado de São Paulo] e a FIESP sempre declarou que ela não quer "pagar o pato". Ela nunca pagou o pato! Na verdade, os empresários brasileiros são beneficiários dos incentivos e das isenções fiscais de dinheiro arrecadado dos pobres brasileiros. Eles apoiaram esse impeachment-golpe.

Além dos cortes ministeriais, o governo Temer é o primeiro desde Geisel a não abrigar mulheres. Negros também não estão cotados entre os possíveis ministros. O que isso pode significar para os movimentos que lutaram tanto pela inclusão?

Esses cortes de ministério têm um efeito muito mais simbólico do que um efeito propriamente significativo em termos de contas públicas. Esse golpe teve uma característica de um golpe machista, um golpe homofóbico, um golpe racista porque essas questões incomodam as elites brasileiras. As elites sempre viram os setores populares como massa de manobra, como massa eleitoral. 

Esses direitos que foram se constituindo nas duas últimas décadas vão sofrer um impacto significativo. Não digo imediatamente, mas no médio prazo, vão sofrer e teremos um retrocesso democrático. Porque democracia é igualdade, é direitos.

Apesar de ainda não ter sido denunciado, Temer é citado na Lava Jato. É possível que um processo contra ele ainda seja instaurado?

É possível, mas o que tem se visto é que, em parte, o Judiciário faz parte desse golpe político. Nós vimos o juiz [Sérgio] Moro adotando medidas politicamente orientadas, visando produzir determinados efeitos políticos, que desgastassem o governo e vimos o STF [Supremo Tribunal Federal] acovardado perante todas as ilegalidades que foram cometidas pelo [deputado] Eduardo Cunha. Eles não tomaram nenhuma medida contra Cunha, a não ser quando o processo já estava consumado. 

Como fica a esquerda no Brasil, que parecia centralizada no Partido dos Trabalhadores, apesar da luta autónoma dos movimentos populares?

A esquerda brasileira tem que se refazer. O papel da esquerda é muito mais junto à população, fazendo trabalho de base, do que pensando em eleições. Porque direitos se garantem com luta e na rua. O PT perdeu boa parte da hegemonia que ele vinha exercendo na política brasileira e até se acovardou durante esse processo de impeachment.

Edição: Simone Freire.

Editado por: Redação
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