A Chapecoense venceu, no dia 4, o Atlético Nacional, da Colômbia, por 2 a 1, na primeira partida da final da Recopa Sul Americana, disputa entre os campeões da Libertadores da América Atlético Nacional e da Copa Sul-Americana. O resultado do jogo ficou em segundo plano depois de mais uma demonstração de solidariedade e amor ao futebol.
Pouco mais de quatro meses depois da tragédia, Chape e Nacional enfim se encontraram, e o que não faltou foi emoção. Num claro reconhecimento por tudo o que os colombianos fizeram em novembro do ano passado, a passagem da delegação do Atlético Nacional por Chapecó foi marcada por homenagens, e inaugurou uma nova fase da reconstrução da equipe catarinense.
O #forçachape foi substituído pelo #prasemprechape. Os heróis que levaram o time a sua primeira final internacional, mas não puderam disputá-la, estão eternizados, e o clube e a cidade mostram que estão se reerguendo. Os acontecimentos dentro e fora de campo, mais uma vez, servem de exemplo para o futebol mundial.
Durante todo o dia, torcedores da Chape andaram lado a lado pela cidade, confraternizando. Na Arena Condá, o gol do time colombiano foi aplaudido por todo o estádio e um princípio de desentendimento entre dois jogadores adversários foi repreendido com vaias.
No futebol, a Chape chegou à sexta vitória consecutiva na temporada, lidera o Campeonato Catarinense, tem campanha regular na Libertadores e está a um empate do título da Recopa, o que simboliza uma reconstrução com a dignidade que virou marca do clube. Planejamento e simplicidade, sem esperar caridade.
Fora de campo
Enquanto reestrutura seu futebol, a Chapecoense ainda tem muito trabalho pela frente fora de campo. As famílias dos jogadores e comissão técnica vítimas do acidente de novembro ainda não foram indenizadas. Clube, empresa aérea e famílias não chegaram a um acordo, e as primeiras ações judiciais já estão sendo movidas.