A Marcha Mundial das Mulheres, o Sindicato dos Servidores do Judiciário Federal (Sisejufe) e a Sempreviva Organização Feminista (SOF) promoveram nesta semana um encontro de mulheres para debater o mundo do trabalho. O evento termina nesta sexta-feira (22).
A assistente do Núcleo de Assessoria Política do Sisejufe, Ana Priscila Alves, explicou a importância de discutir o tema. “O trabalho é algo central na luta das mulheres. Afinal, a divisão sexual do trabalho organiza a nossa opressão. Muitas vezes fica como se as mulheres falassem só do corpo e da ocupação da rua. Falamos disso também, mas é preciso trazer a nossa perspectiva para outros espaços”, declarou.
O evento também funciona como preparação para um ano que promete ser de muita luta para as mulheres relatou Alves. "Além do oito de março, Dia Internacional da Mulher, temos o 14 de março, dia em que a morte de Marielle completa um ano. As mulheres vão estar na rua para não deixar que este dia passe em branco. É muito importante que fique marcado que Marielle foi executada por quem está no poder e que pra nós isso é uma afronta direta e continuaremos fazendo resistência”, disse em entrevista ao Programa Brasil de Fato Rio de Janeiro.
Outras datas são apontadas como importantes. Um exemplo é o dia 24 de abril, dia de luta contra as transnacionais e no segundo semestre a Marcha das Margaridas, evento realizado a cada quatro anos para relembrar a resistência de Maria Margarida Alves, líder camponesa que foi assassinada em 1983.