Passado o período de atividades de extensão universitária em campo, os trabalhos dos universitários ainda não terminaram. É hora de analisar os diários de campo dos estudantes, rever os resultados das atividades com a população das cidades visitadas, elaborar os relatórios individuais e de equipe e propor novas intervenções para as cidades. Afinal, o Projeto Rondon tem compromisso com a prática pedagógica e o desenvolvimento social.
Mas como funciona cada etapa do trabalho de campo do Projeto Rondon Minas?
No início deste ano, as ações em campo, ocorreram em 3 municípios do interior de Minas Gerais, e em quatro territórios indígenas do povo indígena Xacriabá.
Férias no Projeto Rondon proporcionaram contato com diferentes realidades
O período de férias dos estudantes foi ocupado pelo voluntariado universitário que levou aos diversos públicos das cidades (idosos, crianças, jovens, adultos, funcionários públicos, quilombolas, indígenas e até animais) o conhecimento científico nas áreas da saúde, educação, direitos humanos, ciências agrárias e meio ambiente para contribuir com os desafios locais por meio de ações como: diagnóstico socioambiental, educação ambiental, mobilização social, elaboração de projetos sociais, palestras educativas e informação, muita informação para os moradores e os estudantes em aprendizado.
No Projeto Rondon, acreditamos que a conquista da cidadania vem da preparação em educação em direitos humanos e a disseminação sobre os direitos das pessoas em cada política pública atuante nas cidades. Defendemos o protagonismo das pessoas na luta pela melhoria da qualidade de vida das famílias e da comunidade.
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No período de 13 de janeiro a 3 de fevereiro, após aprovação no processo seletivo e participação da capacitação promovida pelo Projeto Rondon Minas, os estudantes atuaram nas cidades de Raposos, Setubinha e São João das Missões e nas aldeias indígenas Imbaúbas, Peruaçu, Barreiro Preto e Sumaré I.
Alunos de medicina, pedagogia, psicologia, enfermagem, medicina veterinária, ciências contábeis, engenharia de computação, economia e odontologia das universidades Uemg, UFMG, PUC Minas, Faminas, Unifal, Centro Universitário UNA, Estácio de Sá, Univertrix, UNI-BH, Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, Unifacig e Unincor, trabalharam com a temática do Programa Lixo e Cidadania, que é uma iniciativa da Coordenadoria de Inclusão e Mobilização Sociais do Ministério Público de Minas Gerais (@cimosmpmg). Também realizaram ações de saúde e meio ambiente do Projeto Rondon Povos Tradicionais com o povo indígena Xacriabá.
Registro e avaliação
Durante as atividades, os universitários e coordenadores foram registrando as ações em fotos, vídeos e diários de campo para análise posterior de resultados e de processos. Esse material é utilizado para subsidiar as atividades de avaliação pelo Projeto Rondon Minas e pelos parceiros, para elaboração dos relatórios do trabalho da equipe rondonista no município e para incentivar ou auxiliar a produção acadêmica de professores e alunos.
Os relatórios são enviados às entidades parceiras e aos gestores públicos da cidade, além de uma devolutiva para a população que será realizada na próxima intervenção.
Em contrapartida, as férias no Projeto Rondon proporcionaram aos estudantes muito aprendizado e contato com as realidades sociais de cada cidade, agregando muito à formação acadêmica, pessoal e profissional das equipes rondonistas. Uma experiência que será levada para as atividades de pesquisa e para a sala de aula dos alunos no restante de sua trajetória na universidade.
Nas próximas edições vamos contar o que aconteceu em cada uma das cidades que visitamos!
Paralelo às atividades em campo, uma equipe de gestão foi formada para dar suporte aos rondonistas em campo e receber todos os registros audiovisuais das atividades, para serem tratadas e divulgadas em nossas redes sociais (@projetorondonminas). Essa equipe também se responsabilizou pela guarda dos registros em drives do projeto e pelo processo de informação de nossas atividades as instituições parceiras, além do cuidado com a divulgação de suas marcas. Participaram dessa equipe onze universitários e dois técnicos já graduados.
No mês de fevereiro, as equipes de rondonistas tem duas importantes tarefas: a elaboração dos relatórios de cada comunidade visitada e a preparação do Seminário de Avaliação e Socialização das Ações do Projeto Rondon Minas. Nos relatórios vamos registrar cada etapa das ações em campo e seus resultados, além da proposição de novas atividades com a população e entidades locais e as prefeituras.
E no seminário, os universitários farão a apresentação e a avaliação das semanas de atuação em campo, com a presença de representantes de suas universidades, das prefeituras, das entidades parceiras e de outros universitários que querem se candidatar para novas ações do projeto Rondon Minas.
Já se liga aí! O seminário do Projeto Rondon Minas será no dia 15 de março, sábado, e vamos divulgar em nossas redes sociais! Divulgue essa experiência para seu amigo, colega de sala, universidade, professores e até para seu familiar participar como rondonista nas próximas ações em 2025.
E agora José?
É só aguardar as próximas ações do Projeto Rondon Minas que logo logo tem mais!
Monica Abranches é presidente da Associação Projeto Rondon de Minas Gerais e vice-presidente do Instituto Projeto Rondon Nacional & Giselle Calil é pedagoga, associada do Projeto Rondon Minas, mestranda em Educação pela UEMG, coordenadora do Núcleo Extensionista de Gestão do Projeto Rondon Minas.
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Este é um artigo de opinião, a visão das autoras não necessariamente expressa a linha editorial do jornal.