O Brasil está esquentando: enquanto os termômetros bateram 44° no Rio de Janeiro, a temperatura também segue quente na política nacional.
A grande notícia foi a denúncia contra Jair Bolsonaro e mais 33 acusados de tentar dar um golpe de Estado e planejar a morte de figuras importantes da política brasileira, como o presidente Lula. Pelo que consta nos documentos da denúncia, o plano estava completamente arquitetado e só não foi levado a cabo porque alguns pularam fora do barco.
Aliás, o plano remonta a um período anterior às próprias eleições, quando, já com medo de perder, Bolsonaro começou a disseminar ataques às instituições e a espalhar fake news sobre as urnas eletrônicas. As chances de prisão são grandes e outras denúncias ainda estão por vir: fraude em cartões de vacina e venda ilegal de joias.
Extrema direita desesperada
Com a possibilidade de Bolsonaro ir para a cadeia, a extrema direita está desesperada e ataca cada programa do governo federal, insuflando sua base com mentiras. Foi assim com a notícia falsa da taxação do pix e com a tentativa de acabar com o “Pé de Meia”, que, felizmente, teve o pagamento liberado e continuará beneficiando mais de 3,9 milhões de jovens. Também atacaram as “Cozinhas Populares e Solidárias”, que distribuem milhões de refeições em todo o Brasil.
Mas o teto da extrema direita é de vidro. Criticam a alta dos preços dos alimentos, mas votaram contra a isenção de impostos para itens da cesta básica e se esqueceram que sob o governo Bolsonaro a alta dos preços de alimentos foi de 57%.
Festa da memória e da sátira
Os tambores do carnaval também já estão sendo aquecidos e a política brasileira dá o tom da brincadeira nas ruas. Já teve fantasia com Bolsonaro na cadeia no Rio de Janeiro e marchinha ironizando Nikolas Ferreira no concurso de marchinhas Mestre Jonas, em BH. A canção “Chupe tinha” ganhou o segundo lugar do concurso na categoria “tema livre”. Longe de ser a festa do esquecimento, o carnaval é a festa da memória e da sátira.
O desenrolar do governo Lula e suas políticas, assim como o enfrentamento à extrema direita, dependem também da mobilização popular nas redes e nas ruas. Toquemos nossos tambores como quem se prepara para a batalha.
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