A Polícia Civil de Pernambuco garantiu que fará controle rígido sobre a operação de drones nos centros de folia de Olinda e Recife durante o Carnaval. O Governo do Estado justifica a medida alegando a garantia da segurança dos foliões. Só será permitido o tráfego de objetos remotamente tripulados da Secretaria de Defesa Social (SDS), da imprensa autorizada e das prefeituras dos dois municípios.
Leia: Veja a programação de shows dos palcos do Carnaval de Olinda
Carnaval 2025: confira a programação completa de shows dos palcos do centro do Recife
Saiba quais as linhas expressas de ônibus para o Carnaval de Olinda e Recife
A norma começa a valer nesta quinta-feira (27) e segue em vigor até a quarta-feira (5) de Cinzas, no Recife, e até o domingo (9) pós-Carnaval, no caso de Olinda. A área de restrição abrange o Recife Antigo e o bairro de Santo Antônio, ambos na capital, e o Sítio Histórico de Olinda. Mesmo as festas privadas e camarotes em operação nessas regiões ficam impedidos de colocar no ar drones sem a autorização do Centro de Defesa do Tráfego Aéreo (Cindacta), vinculado à SDS.
Nas demais áreas da cidade, onde ocorrem blocos carnavalescos e mesmo onde há polos descentralizados, a operação de drones está permitida. A violação à norma, segundo a Secretaria de Defesa Social, resultará numa acusação de violação do artigo 261 do Código Penal, que trata de “expor a perigo uma embarcação ou aeronave”, cuja pena é de dois a cinco anos de reclusão.
O tenente-coronel da Polícia Militar e gestor de drones do Grupamento Tático Aéreo (GTA), Haner de Oliveira, avalia que o tráfego não autorizado de aeronaves pode resultar em colisões e mesmo em mortes. “Tivemos um caso no Réveillon do Recife, quando um drone privado quase causou um acidente com a nossa aeronave. Tivemos que retornar à base para evitar uma ocorrência grave. O Carnaval reúne multidões e uma colisão ou perda de orientação pode causar uma grande tragédia”, diz o tenente-coronel.
Leia também: A Catarse do Carnaval: ruas e pessoas protagonistas do espaço urbano
Papangus e caretas: cultura popular é central para Carnaval do interior de Pernambuco