Trabalhadores do setor administrativo da Petrobrás, em Minas Gerais, aprovaram, com unanimidade, estado de greve, em resposta à decisão da empresa de ampliar o número de dias presenciais no regime híbrido.
A mobilização, no estado, acontece em paralelo a um movimento nacional nas diversas unidades da Petrobrás pelo país, por meio do chamado “Dia Nacional de Luta pelo Teletrabalho”, promovido pelas entidades sindicais.
Defendido pelo Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais (Sindipetro MG), em Minas o estado de greve foi deflagrado em meio a assembleia na grama da Refinaria Gabriel Passos (Regap), com a participação dos trabalhadores de gerências da refinaria e da Usina Termelétrica de Ibirité (UTE-IBT), e da Sede, atualmente lotados em espaços de coworking nas unidades operacionais.
“Foi uma assembleia histórica em Minas, pela boa participação de trabalhadores do regime administrativo, em teletrabalho, que aprovaram o estado de greve, como forma de intensificar ainda mais as nossas lutas. Esse foi o primeiro passo dado, de uma luta que precisa escalar e se nacionalizar, para abrir a negociação com a gestão da Petrobrás”, afirmou ao Portal do Sindicato Guilherme Alves, coordenador-geral do Sindipetro/MG.
Qual a reivindicação?
A reivindicação da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) é que as regras de teletrabalho sejam negociadas em acordo coletivo de trabalho.
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“Somente por meio de negociações coletivas com os sindicatos, os direitos dos trabalhadores estarão garantidos e serão respeitados. Queremos que haja um diálogo aberto sobre as condições de trabalho, inclusive com a inclusão do teletrabalho como cláusula do ACT”, frisa Guilherme Alves.
Atualmente, o regime prevê dois dias presenciais e três dias em home office. No entanto, a Petrobras decidiu ampliar o número de dias presenciais no regime híbrido, reduzindo o tempo de trabalho remoto. Os sindicatos denunciam que não houve negociação prévia com os trabalhadores.