A nova ministra Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), tomou posse nesta segunda-feira (10) citando conquistas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), inclusive as eleitorais. De acordo com Gleisi, o projeto liderado por Lula há décadas trouxe muitos benefícios ao país. Por isso, seguirá sendo vencedor.
“É um projeto vencedor e vai continuar vencendo, apesar das apostas em contrário”, disse a nova ministra, sinalizando para a disputa eleitoral pela presidência em 2026.
Gleisi foi escolhida por Lula para assumir a SRI no lugar de Alexandre Padilha (PT), que foi realocado no Ministério da Saúde. Padilha também tomou posse nesta segunda, assumindo o posto que era até então ocupado por Nísia Trindade.
Padilha e Trindade também fizeram discursos em cerimônia realizada no Palácio do Planalto. Foi de Gleisi, porém, a fala mais politizada.
Ela disse que o projeto de país do governo Lula foi construído a partir de 2003, quando ele tornou-se presidente pela primeira vez. Segundo a nova responsável pela relação do governo com movimentos populares, Lula despertou a esperança dos brasileiros. Ela reforçou ainda que Lula é o político do emprego e da renda. Por isso, seu governo dará certo, mesmo contra prognósticos pessimistas.
“Que ninguém se iluda: nós não chegamos até aqui, com a aliança que construímos, para dar errado”, afirmou ela. “Já superamos desafios muito mais difíceis e vencemos.”
Gleisi presidiu o PT de 2017 até este ano. Neste período, Lula esteve preso por conta de condenações – todas anuladas – na Lava Jato.
‘Vamos teimar’
Padilha declarou que deixou a SRI para assumir a Saúde com uma obsessão: reduzir a espera por consultas com especialistas no SUS.
Ele é médico e já foi ministro da Saúde, durante o governo da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT). Falou nesta segunda para uma plateia formada também por ex-ministros da pasta.
Disse que vários já tentaram reduzir a fila do atendimento especializado e reconheceu que “não há solução mágica para o problema”. Mas afirmou que ele “vai teimar” para garantir que precisam de um médico especialista sejam atendidos.
Padilha também disse que sua gestão no ministério estará focada na ampliação da vacinação no país e na criação de uma nova forma de remuneração por serviços prestados para o Sistema Único de Saúde (SUS) para o lugar da chamada Tabela SUS. O novo ministro da Saúde também agradeceu o trabalho de Nísia Trindade.
Nísia lembrou em discurso que encontrou o Ministério da Saúde desmontado e desautorizado após a gestão do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro na pandemia do coronavírus, que completa cinco anos nesta terça-feira (11) e disse que deixa a pasta satisfeita.