A Jornada Nacional de Lutas das Mulheres do MST tem início nesta terça-feira (11). Militantes de todas as regiões do país participarão de encontros, mutirões de plantio, formações, marchas e protestos em denúncia às violências capitalistas.
Com o lema “Agronegócio é violência e crime ambiental, a luta das mulheres é contra o Capital”, as atividades têm como objetivo denunciar os danos causados – principalmente – pelos setores do agronegócio, mineração e exploração da água, com a exigência de que esse modelo seja responsabilizado por seus crimes contra a humanidade e o meio ambiente.
As mulheres do movimento denunciarão “as violências que o agronegócio perpetua – expressas na expropriação de corpos e territórios, no envenenamento dos povos e da terra, na mercantilização dos alimentos e da natureza, secando rios, ceifando vidas, produzindo fome, desigualdades e aprofundando a crise ambiental”, nas palavras da organização.
A jornada, que acompanha o calendário de luta das mulheres no mês de março, também acontece em defesa da reforma agrária popular como necessidade para superar as crises causadas pelo capitalismo: a emergência climática global, a fome e as violências no campo e na cidade.
“A reforma agrária popular que defendemos não é apenas um processo produtivo e ambiental, é uma ruptura com todos os elos de dominação e uma práxis permanente rumo à emancipação humana e social – de superação da propriedade privada, da divisão sexual, racial e social do trabalho, das violências e, portanto, livre de todas as formas de dominação por gênero, raça, etnia, orientação sexual, geracional e tantas outras formas que flagelam o ser humano”, diz o manifesto da jornada.