Mulheres negras por reparação e bem viver. Esse foi o mote em que as mulheres da Região do Cariri, interior do Ceará, marcharam hoje (12) , no município de Crato, em ato d a jornada das mulheres do 8 de março. O ato, que faz parte da jornada de luta das mulheres no 8 de março, teve início às 8h e concentração na Prefeitura do Crato.
A ativista do Grupo de Valorização Negra do Cariri (Grunec), Janayna Leite, destacou durante a realização do ato que “as mulheres seguirão em marcha pelo bem viver e pela construção de uma sociedade livre de racismo, machismo, LGBTfobia e todas as formas de opressão e violência”. Já a cientista social e artista, Leidiane dos Santos, afirmou que “as mulheres negras seguem em marcha para dar fim a escravidão moderna e para lutar por um bem viver, e convoca a população a refletir sobre a democracia em que vivemos”.
O 8M Cariri foi marcado pela presença de coletivos de mulheres, povos de terreiro, movimentos negros, grupos de tradição cultural, sindicatos, partidos de esquerda e sociedade em geral, e reuniu ainda diversos municípios da região Sul do Ceará. Além do Crato, também estavam representados os municípios de Juazeiro do Norte, Barbalha, Caririaçu, Milagres, Jati, Potengi, Porteiras, Araripe, Farias Brito, Assaré, Nova Olinda e Santana do Cariri.

Para reivindicar mais direitos, políticas públicas, memória, justiça, democracia plena e uma vida digna, o ato do 8M foi construído em conjunto com a 6ª Marcha das Mulheres Negras do Cariri, momento de preparação e mobilização para a 2ª Marcha Nacional de Mulheres Negras que ocorre em novembro deste ano, em Brasília.
Em manifesto divulgado por meio das redes sociais, a Frente de Mulheres do Cariri e o coletivo 8M Cariri destacaram a importância da escolha do tema e as principais bandeiras de luta para o ato realizado nesta quarta-feira (12). Leia o manifesto na íntegra na página oficial do Instagram, em @8mcariri.
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